Pressão de alta nas despesas operacionais podem afetar Itaú Unibanco, avalia equipe de pesquisa do HSBC (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2011 às 09h45.
São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta segunda-feira (4):
1 – HSBC cortar preço-alvo do Itaú Unibanco
O clima cada vez mais competitivo nos bancos brasileiros está pressionando as taxas dos empréstimos, bem como os custos. Em termos de despesas operacionais, os bancos estão investindo em suas franquias de agências e isso tem criado concorrência por funcionários de linha de frente, o que pode se traduzir em pressão de alta nas despesas operacionais.
Diante deste cenário, os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago do HSBC reduziram hoje o preço-alvo das ações ordinárias do Itaú Unibanco (ITUB3), de 50 reais para 47 reais, apesar de terem mantido a recomendação overweight (alocação acima da média do mercado). O novo valor representa um potencial de valorização de 22,07% em relação ao fechamento de hoje de 38,50 reais.
Segundo os analistas, um possível fator que pode ser positivo par as ações seriam menores despesas operacionais. “Os riscos para nossa tese incluem margens piores que o esperado”, estimam Galliano e Mariel do HSBC.
2 – Compra de ativo petroquímico não impacta ações da Petrobras
A estatal brasileira anunciou na última sexta-feira (1) a aquisição de 100% da Innova, empresa petroquímica que pertencia à Petrobras Energia Internacional, que era subsidiaria da Petrobras Argentina. O valor da transação foi de 332 milhões de dólares.
Na opinião da SLW Corretora, a notícia não deve impactar as ações da companhia. “Apesar de estratégica, a transação pode ser vista como um arranjo societário dentro do grupo. Com a operação, a Petrobras terá mais poder e autonomia na Innova”, afirma o analista Erick Scott em relatório.
Ele recomenda a compra das ações preferenciais da Petrobras (PETR4), estabelecendo um preço-alvo de 39,97 por ação até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 39,7% em comparação ao valor do preço do papel observado no fechamento do pregão desta segunda-feira.
3 – Resultado da Lopes Brasil está de acordo com as estimativas, diz Coinvalores
A imobiliária Lopes Brasil (LPSB3) conseguiu apresentar um bom resultado no 4º trimestre de 2010, conforme as expectativas da equipe de pesquisa da Coinvalores. Em relatório, os analistas Marco Aurélio Barbosa e Felipe Martins Silveira destacaram a receita líquida da companhia, que atingiu no período 108,4 milhões de reais, o que representa um avanço de 51,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
“Esperamos mais um bom ano para o mercado imobiliário e para a Lopes. Consideramos que 2011 deve ser um ano de crescimento para o setor, com nova alta nos preços dos imóveis”, afirmam. Eles acreditam que o crédito imobiliário deve ganhar mais importância em relação ao PIB e a demanda continuará aquecida. “A Lopes deve continuar expandindo geograficamente sua
atuação via aquisições”, completam.
A Coinvalores permanece com a recomendação de compra para as ações ordinárias da Lopes (LPSB3). O preço-alvo para abril de 2012 foi colocado em revisão.
4 – Ações de construção oferecem bom ponto de entrada, alerta Santander
As ações do setor imobiliário na bolsa brasileira foram fortemente atingidos no início de 2011. Para o Santander, entretanto, a maior parte das perspectivas negativas para o setor já estão no preço e agora os papéis das empresas do setor oferecem bom ponto de entrada.
Para os analistas Flavio Queiroz, Gonzalo Fernández e Fabíola Gama, após a recente correção nos preços, os papéis do setor oferecem um bom ponto de entrada porque o pior já está precificado.
O banco criou diversas análises para identificar as empresas com a menor taxa de crescimento implícita nos preços das ações. O resultado foi que as ações da EZTec (EZTC3) e MRV (MRVE3) são as preferidas segundo essa métrica. Os papéis da Inpar (INPR3) e Rossi (RSID3), por sua vez, têm no preço grande parte do potencial de crescimento.
5 – Anhanguera tem o maior potencial entre as listadas, avalia Fator
Após incorporar os recentes resultados e algumas premissas em relação à Anhanguera Educacional (AEDU3), a Fator Corretora estabeleceu o novo preço-alvo de 44 reais para dezembro de 2011 às ações ordinárias da companhia. Foi um aumento de 10 reais em relação ao preço-alvo anterior.
Para Jacqueline Lison e Felipe Rocha, analistas que assinam o relatório, os próximos anos serão marcados pela aceleração do movimento de consolidação do setor de educação. Porém, apesar das boas perspectivas e do viés positivo à Anhanguera, o limitado potencial de valorização, de 10%, faz com que a recomendação fique também limitada a classificação de manutenção.