“A Cemig é a Top Pick no setor de serviços porque esperamos que ela mostre um forte crescimento dos lucros em 2011", dizem analistas (Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2011 às 19h38.
São Paulo – Aqui está o se comenta no mercado hoje:
1 - Itaú BBA eleva preço-alvo para Cemig
Os números do primeiro trimestre da Cemig (CMIG3) surpreenderam a equipe de análise do Itaú BBA. “A receita líquida veio em linha com o consenso, de acordo com a Bloomberg, mas o Ebitda e o lucro líquido bateram as expectativas em 7,1% e 3,8%, respectivamente, provavelmente refletindo a redução na passagem anual de pessoal, material e outras despesas”, dizem os analistas Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi.
A companhia teve lucro líquido de 526,2 milhões de reais, aumento de 1,2% ante o ganho apurado em igual etapa do ano passado. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 1,292 bilhão de reais, crescimento de 11% sobre o obtido um ano antes.
“A Cemig é a Top Pick no setor de serviços porque esperamos que ela mostre um forte crescimento dos lucros em 2011, e os números melhores que o esperado no primeiro trimestre reforçam a nossa visão”, explicam. A recomendação de alocação acima da média para a Cemig foi reafirmada e o preço-alvo foi elevado de 37,40 reais para 40,2 reais.
2 - Planner atribui novo preço-alvo para ações da Petrobras
A necessidade da Petrobras de colocar o “pé no freio” nos investimentos previstos até 2015 elevou os riscos na avaliação do analista Henrique Ribas, da Planner Corretora, que atribuiu um novo preço-alvo de 30,20 reais para as ações preferenciais (PETR4). A recomendação é de compra.
Em relatório, Ribas afirma que “há uma expectativa de que a Petrobras possa apresentar uma redução do valor previsto para o plano de negócios”. O analista explica que a estatal está com dificuldade de repassar os preços do petróleo no mercado interno, “o que impacta diretamente a geração de caixa, considerada baixa para o volume de investimentos projetado”.
3 - Acabou o sofrimento para ações da Cielo e Redecard, diz banco
Após o sofrimento, chegou a hora da recompensa para a Cielo (CIEL3) e a Redecard (RDCD3), aponta a equipe de análise do HSBC em relatório. Segundo o analista Paulo Ribeiro, o impacto da concorrência não será tão grande quanto o imaginado anteriormente, o que levou a uma revisão para cima nas estimativas.
O banco tinha rebaixado a projeções para ambas em fevereiro de 2011 para incorporar a tendência negativa no sentimento em relação ao mercado de credenciamento no Brasil, “destacada pelo índice de ações alugadas das duas credenciadoras, mas em particular na Cielo”, afirma Ribeiro. “Acreditávamos que o mercado adotaria uma atitude de ‘esperar para ver’”, explica.
A recomendação para a Redecard foi elevada para overweight (alocação acima da média) e o preço-alvo passou de 23,50 para 28,50 reais. A Cielo foi mantida em neutra e o preço-alvo passou de 11,42 para 14,90 reais.
4 - Sofisa está na contramão do mercado, diz analista
Ainda vai demorar para as ações do Banco Sofisa (SFSA4) retornarem ao seu patamar de rentabilidade pré-crise. A afirmação é do analista Daniel Malheiros, da corretora Spinelli. “Não gostamos do resultado do Sofisa, especialmente pelo declínio das operações de crédito”, diz ele. Malheiros afirma ainda que os números apresentados pelo banco estão na contramão do mercado.
No primeiro trimestre de 2011 a carteira total de operações de crédito totalizou 2,4 bilhões de reais, uma queda de 11,1% em relação ao último trimestre de 2010 e de 21,5% quando comparada com o mesmo do ano passado.
5 - Plano de investimentos da Petrobras é crucial para o curto prazo
Apesar de as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) terem subido após os resultados do primeiro trimestre, os investidores e analistas aguardam com apreensão a definição sobre o plano de investimentos da estatal de petróleo até 2015.
“O principal evento de curto prazo continua o anúncio da revisão do plano”, afirmam os analistas do Santander Christian Audi e Vicente Falanga Neto. O plano de 224 bilhões de dólares foi apresentado para o Conselho de Administração na sexta-feira (13), mas não foi aprovado. Segundo a Petrobras, foram solicitados estudos e análises adicionais.