Hong Kong: manifestantes desafiaram salvas de gás lacrimogênios e investidas com cassetetes (Carlos Barria/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2014 às 08h22.
Londres - Companhias expostas a Hong Kong tinham desempenho pior que o de mercados acionários europeus nesta segunda-feira, conforme agitações civis no local pesavam sobre bancos como o HSBC e grupo de produtos de luxo como Richemont.
Manifestantes pró-democracia em Hong Kong desafiaram salvas de gás lacrimogênios e investidas com cassetetes para permanecerem firmes no centro financeiro global nesta segunda-feira, em um dos maiores desafios políticos para Pequim desde a repressão na Praça da Paz Celestial há 25 anos.
Bancos em Hong Kong, incluindo HSBC, Citigroup, Bank of China, Standard Chartered e DBS , fecharam temporariamente algumas agências e aconselharam funcionários a trabalharem de suas casas ou se dirigirem até agências secundárias.
Às 7h56 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 0,49 por cento, a 1.370 pontos.
O Standard Chartered caía 1,8 por cento, enquanto o HSBC tinha baixa de 1,9 por cento, deixando os dois bancos entre os papéis com piores desempenhos no índice FTSEurofirst 300.
O setor de artigos de luxo também foi impactado pelos distúrbios em Hong Kong, já que muitas das companhias do setor vêm mirando a crescente clientela chinesa rica nos últimos anos.
O grupo suíço de artigos de luxo Richemont caía 1,7 por cento, e a rival francesa LVMH recuava 1,4 por cento.
"A situação em Hong Kong, combinada com o fato de que o mês de outubro é tradicionalmente um período fraco para os mercados acionários, está se somando a um ambiente que não é favorável para ações", disse o vice-presidente de investimento do banco suíço Reyl, François Savary.