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Ações estão supervalorizados e há risco de correção, afirma Goldman Sachs

Mesmo acreditando em uma recuperação econômica em "V", David Solomon acredita que rali dos últimos três meses foi exagerado e descolado da realidade

David Solomon em entrevista à Bloomberg, em 2017 (Bloomberg/Getty Images)

David Solomon em entrevista à Bloomberg, em 2017 (Bloomberg/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de junho de 2020 às 12h46.

Última atualização em 25 de junho de 2020 às 13h48.

O time dos investidores que acreditam que as ações, nos Estados Unidos, estão supervalorizadas ganhou mais um integrante de peso: David Solomon, presidente do Goldman Sachs.

Em conferência virtual da Bloomberg, Solomon afirmou que o mercado acionário americano está “um pouco à frente” do que considera ser o lucro futuro das companhias. “Se eu estiver certo sobre isso, você verá um reequilíbrio disso ao longo do tempo”, afirmou.

Solomon também considera o recente rali que impulsionou os índices americanos nos últimos três meses esteve fora de sintonia com a realidade.

Desde que atingiu a menor pontuação intradia de março, o índice S&P 500 já avançou cerca de 40% e o Nasdaq, 50%. Com maior participação de empresas de tecnologia, o índice de Nasdaq chegou, inclusive, a bater recordes em meio à pandemia.

O tom pessimista de Solomon sobre as ações ocorre mesmo ele acreditando que a economia americana irá se recuperar aceleradamente, em forma de “V”, o que contraria as predições de órgãos internacionais e do próprio Federal Reserve, que tem alertado sobre o excesso de otimismo no mercado financeiro.

Na véspera, o Fundo Monetário Internacional, projetou que o PIB mundial deve ter contração de 4,9% neste ano e dos Estados Unidos, de 8%, seguido de um crescimento de 4,5% no ano seguinte.

Nesta quinta-feira, foi divulgada a segunda revisão do PIB americano do primeiro trimestre, que apontou para queda de 5% no período.

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