Twitter: a empresa disse que a suspensão da conta de Trump, que tinha mais de 88 milhões de seguidores, foi devido ao risco de mais violência, após o ataque ao Capitólio dos EUA (Joshua Roberts/Reuters)
Reuters
Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 10h52.
As ações do Twitter listadas na Alemanha chegaram a despencar 8% nesta segunda-feira, no primeiro pregão depois que a rede social suspendeu permanentemente a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite de sexta-feira.
A empresa disse que a suspensão da conta de Trump, que tinha mais de 88 milhões de seguidores, foi devido ao risco de mais violência, após o ataque ao Capitólio dos EUA na quarta-feira. Nesta manhã, as ações da empresa listadas nos EUA caíam 6,8% em negociações antes da abertura do mercado.
Foi a primeira vez que o Twitter suspendeu a conta de um chefe de Estado, gerando uma controvérsia mundial sobre o impacto que as gigantes da tecnologia dos EUA podem ter sobre a liberdade de expressão e a democracia.
Para os resultados financeiros do Twitter, a decisão de banir o presidente dos Estados Unidos deve ter um impacto negativo moderado.
"Esperamos um ligeiro declínio do número de usuários, embora a erosão do engajamento seja uma questão maior", escreveram analistas da Berstein em nota.
Grupos de extrema direita mantêm uma presença online vigorosa em plataformas digitais como Parler, Gab, MeWe, Zello e Telegram e podem se desligar das redes sociais convencionais.Também pode haver custos adicionais para o Twitter e outros, à medida que procuram moderar ainda mais o conteúdo publicado por seus usuários.
"A moderação adicional pode ser bem-vinda, mas não é barata e pode beneficiar o Facebook, que já emprega um exército de moderadores (cerca de seis vezes) maior do que a força de trabalho do Twitter", disseram analistas de Berstein. O Facebook suspendeu a conta de Trump até pelo menos o final de seu mandato presidencial no final deste mês.