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Ações do Robinhood despencam 8% na estreia; entenda as razões

Empresa do app preferido por novos investidores para o trade de ações abre o capital da Nasdaq e chega ao fim do primeiro dia avaliada em US$ 29 bi

Vlad Tenev e Baiju Bhatt, sócios-fundadores do Robinhood, em frente a uma das entradas da estação de metrô Wall Street, em Nova York, no dia da estreia da empresa na Nasdaq | Foto: Andrew Kelly/Reuters (Andrew Kelly/Reuters)

Vlad Tenev e Baiju Bhatt, sócios-fundadores do Robinhood, em frente a uma das entradas da estação de metrô Wall Street, em Nova York, no dia da estreia da empresa na Nasdaq | Foto: Andrew Kelly/Reuters (Andrew Kelly/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2021 às 18h44.

Última atualização em 29 de julho de 2021 às 18h55.

As ações do Robinhood (HOOD) estrearam com forte queda de 8,37% na Nasdaq nesta quinta-feira, 29 de julho.

A empresa cujo app ajudou a popularizar o trade de ações e outros ativos por investidores de varejo no mercado americano levantou 2,1 bilhões de dólares no seu IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) concluído nesta semana, que a avaliou em 32 bilhões de dólares.

As ações foram precificadas a 38 dólares no piso da faixa indicativa e fecharam o pregão nesta quinta a 34,82 dólares. Isso derrubou o valor de mercado para 29 bilhões de dólares. No fim da manhã, a queda chegou perto de 12%.

Segundo especialistas, pesaram para a queda e a volatilidade o fato de que o Robinhood liberou que diretores e demais funcionários pudessem vender até 15% do que detinham de ações da companhia.

Além disso, o app de trading permitiu que até 35% das ações colocadas à venda ficassem com investidores de varejo, algo que, em tese, abre margem para mais especulação do que se a oferta fosse direcionada apenas para investidores institucionais, como é praxe no mercado americano.

Analistas dizem ainda que pesam preocupações do impacto da vigilância regulatória sobre a empresa, especialmente depois do episódio envolvendo a GameStop e outras ações cujas cotações foram infladas no começo do ano. A plataforma do Robinhood foi uma das mais utilizadas para as operações e depois a empresa chegou a restringir o trade para pequenos investidores.

O app fundado em 2013 pelos empreendedores Vladimir Tenev and Baiju Bhatt ex-colegas de quarto e de sala na Universidade Stanford já estava em ascensão no começo de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus paralisou a economia e colocou todo mundo dentro de casa.

Negociar ações, opções e criptoativos se tornou uma das atividades mais populares entre americanos e potenciais investidores de outras nacionalidades. Com uma interface simples e sem cobrança de taxas de corretagem, o Robinhood viu sua base de clientes explodir, especialmente entre millennials e gerações mais novas.

O número de usuários com contas firmes no app (ligadas a contas em bancos) praticamente triplicou desde então, saltando de 7,2 milhões de clientes no primeiro trimestre de 2020 para estimados 22,5 milhões há um mês.

Em roadshow virtual no último fim de semana, Bhatt disse que, embora o mercado financeiro seja uma das principais fontes de riqueza no mundo, o acesso ainda é muito desigual.

"Alguns têm melhores acessos, ferramentas mais úteis e convites mais claros para participar do que outros. Nós acreditamos que o resultado disso tem sido a crescente desigualdade em nosso país. Nossa missão é consertar isso", disse o cofundador americano de ascendência indiana.

Um dos novos alvos da democratização são justamente os IPOs, que, no mercado americano, acabam restritos a investidores institucionais. O Robinhood lançou em maio uma funcionalidade para dar acesso às ofertas ao investidor de varejo e foi além com seu próprio IPO, ao destinar mais de um terço das ações para pessoas físicas.

 

 

 

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