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Ações do BB estão atrativas apesar da recente alta, apontam analistas

Papéis da companhia se valorizaram 15% nós últimos 30 dias e ainda são interessantes aos investidores, afirma o HSBC

Agência do Banco do Brasil (Valter Campanato/Agência Brasil)

Agência do Banco do Brasil (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2011 às 15h11.

São Paulo – Apesar do avanço superior a 15% nos últimos 30 dias, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) continuam atrativas na opinião da equipe de pesquisa do HSBC, que manteve a recomendação de compra para os papéis da companhia e que projetou uma melhora na qualidade dos lucros da instituição financeira.

Em relatório, os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago reiteraram o preço-alvo de 36 reais em 12 meses para as ações ordinárias, o que representa um potencial de alta de 32,74% frente à cotação de 27,12 reais vista no fechamento do último pregão.

Em sua avaliação, o HSBC destacou que a “surpreendente redução” na taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central (BC) para 12% ao ano na última reunião do Copom, deve estimular os papéis do banco estatal, mesmo apesar da presença de maiores riscos de inflação.

“Acreditamos que o corte na taxa de referência é positivo para os bancos e favorável para a qualidade de crédito ao consumidor”, opinam Galliano e Mariel.

A equipe do HSBC projetou uma pequena mudança positiva nas estimativas de lucro do Itaú em 2013 (ampliando as previsões em 3%), motivada pelo aumento na qualidade de crédito em 2011. Além disso, o banco estimou uma taxa de inadimplência “levemente menor” que a esperada e menores pressões nas margens .

“A perspectiva para a qualidade do crédito no Banco do Brasil continua encorajadora: mesmo se houver uma ligeira desaceleração na formação de créditos inadimplentes, excluindo agronegócios, o banco continua a uma taxa abaixo da tendência frente a seus pares no segundo trimestre deste ano”, opinam Galliano e Mariel.

O HSBC espera também que o resultado do Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, provavelmente tenha uma contribuição inferior a 20% dos lucros antes de impostos no período 2011-2013, o que implica em uma melhor qualidade dos lucros do que em 2009 (quando a contribuição ficou em 25%).

Em relação às adequações de capital para se ajustar às exigências das normas de Basileia III, Galliano e Mariel preveem que o banco estatal não deve adquirir recursos no curto prazo por meio de emissão de novas ações. “Estimamos que o prazo mais próximo seria o segundo semestre de 2011”, afirmam os analistas.

As novas regras pedem que os bancos tenham um capital de alta qualidade totalizando 7% de seus ativos de risco. As normais ainda precisam ser implementadas pelo Banco Central.

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