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Ações de tecnologia por até R$ 5 e potencial de alta acima de 100%

Setor tem sido o mais afetado na bolsa pela perspectiva de juros mais altos -- queda pode ser uma oportunidade, segundo analistas

Market Analyze (Nikada/Getty Images)

Market Analyze (Nikada/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 14 de maio de 2022 às 08h32.

As ações de tecnologia estiveram entre as mais afetadas pelas perspectivas de endurecimento da política monetária americana nos últimos meses. O momento, embora negativo para o setor, pode ser uma oportunidade para investidores que visam o longo prazo. É o que diz a regra número 1 de qualquer manual de bolso do mercado: comprar na baixa, vender na alta.

Mas adivinhar o fundo do poço e saber a hora da venda pode ser não ser tão fácil. Para ajudar nessa tarefa, a EXAME Invest selecionou cinco ações de tecnologia recomendadas por analistas do BTG Pactual com preços inferiores a R$ 5 e potencial de valorização superior a 100%. Confira:

1 - Méliuz (CASH3)

Preço na sexta (dia 13 de maio): R$ 1,92 | Preço-alvo: R$ 4,20 | Upside: 119%

Uma das grandes sensações da janela de IPOs de 2020, a Méliuz chegou a acumular mais de 600% de alta na bolsa. Mas o desempenho recente tem sido pouco animador. No ano, as ações já caíram 37%, sendo negociadas abaixo de 2 reais. Para analistas do BTG, os papéis da fintech ainda podem voltar a dar alegrias aos investidores, com estimativa de alta próxima de 120%. A recomendação de compra tem entre os motivos projetos em desenvolvimento pela companhia, como a expansão das adquiridas Picodi e Acesso Bank.

2 - Enjoei (ENJU3)

Preço na sexta (dia 13 de maio): R$ 2,13 | Preço-alvo: R$ 7 | Upside: 229%

O maior brechó online do Brasil está em liquidação na bolsa. Com os papéis cotados próximos de R$ 2, a Enjoei acumula perdas de mais de 75% desde o IPO. A queda, segundo o BTG, abriu um grande espaço de alta para as ações, com a possibilidade de o investimento triplicar. O salto de 26% da receita líquida para R$ 30,5 milhões no primeiro trimestre foi um dos pontos elogiados no último relatório do banco sobre Enjoei. O volume geral de vendas (GMV) da companhia cresceu ainda mais, em 58% para R$ 271 milhões.

"Vemos melhorias nas métricas operacionais como sinais positivos de que os investimentos em marketing, tecnologia e logística aumentarão o número de novos compradores e vendedores", disseram os analistas.  Eles pontuam, porém, que as perspectivas para o curto prazo continuam desafiadores. Entre os fatores negativos, eles ressaltam o "cenário competitivo mais agressivo no e-commerce brasileiro, maiores custos de aquisição de clientes e piores condições macroeconômicas, que devem continuar pesando sobre a ação no curto prazo".

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3 - Brisanet (BRIT3)

Preço na sexta (dia 13 de maio): R$ 2,94 | Preço-alvo: R$ 8 | Upside: 172%

Uma das principais companhias de fibra ótica do Nordeste, a Brisanet tem ganhado reconhecimento de seus usuários. A empresa é líder de satisfação nos estados em que atua, segundo a Anatel. Mas na bolsa, a empresa tem gerado dor de cabeça aos acionistas.

Os papéis da companhia já caíram 78% desde o IPO -- o que para o BTG pode ser uma oportunidade. Na parte operacional, a Brisanet tem apresentado melhoria. No primeiro trimestre, a companhia reverteu o prejuízo e deu lucro de R$ 9,5 milhões, com crescimento de 32% na receita operacional para R$ 217 milhões. O período também marcou a entrada da empresa na Bahia, o estado mais importante economicamente da região.

4 - Dotz (DOTZ3)

Preço na sexta (dia 13 de maio): R$ 2,98 | Preço-alvo: R$ 10 | Upside: 236%

A Dotz, que surgiu como uma empresa de cashback, tem expandido sua área de atuação na busca de se tornar um SuperApp de serviços agregados. Em relatório, o BTG disse que os números recentes da Dotz vêm  mostrando-a mais próxima de atingir a meta de impulsionar o cross-selling estabelecida durante o IPO. Segundo o banco, as ações da empresa estão excessivamente depreciadas, com preço-alvo 236% acima do atual.

5 - TC (TRAD3)

Preço na sexta (dia 13 de maio): R$ 4,58 | Preço-alvo: R$ 14 | Upside: 206%

Criado como um hub para a troca de experiências entre traders, o TC vem buscando se tornar uma plataforma completa para os investidores brasileiros. Ventos contrários ao setor de tecnologia e ao mercado de renda variável, contudo, cobraram um preço caro das ações, que já caíram pela metade desde o IPO.

"O mercado endereçável e a base de usuários do TC podem sofrer com os mercados mais voláteis. Mas a exposição a um mercado pouco penetrado, o efeito de rede, seu conteúdo e oportunidades de M&A são ferramentas valiosas na busca do engajamento do consumidor e para o sucesso da plataforma nos próximos anos." Entre as aquisições recentes do TC estão a Economática, RIWeb e Sfoggia. A empresa também comprou participação em companhias como Arko Advice e InvestAI.

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