Prisões privadas: em agosto, as ações das empresas do setor caíram depois do anúncio do Departamento de Justiça (DoJ) de que os contratos não seriam renovados (Amanda Oliveira/ GOVBA/Reprodução)
AFP
Publicado em 9 de novembro de 2016 às 20h56.
Última atualização em 9 de novembro de 2016 às 21h23.
As ações de presídios privados dos Estados Unidos subiram nesta quarta-feira diante da expectativa de que o presidente eleito Donald Trump reveja as intenções do governo Obama de reduzir a participação dessas empresas.
As ações da Corrections Corporation of America e do GEO Group subiram 48,1% e 20,8% respectivamente, após a surpreendente vitória de Trump, que durante a campanha disse que favoreceria o funcionamento das prisões privadas.
Em agosto, as ações das empresas do setor caíram depois do anúncio do Departamento de Justiça (DoJ) de que os contratos não seriam renovados por considerar os presídios privados caros e mais perigosos que os públicos.
Essa decisão atinge 13 presídios administrados pela privada que abrigam 22.000 presos, cerca de 11% da população carcerária do país.
A maioria desses presos são de origem estrangeira, principalmente mexicanos, presos por violarem as leis migratórias.
Trump disse em março que o sistema carcerário americano é "um desastre", mas que as prisões privadas "parecem trabalhar muito melhor" que as públicas.