Indústria farmacêutica: para os não iniciados, investir no setor de saúde pode ser como jogar roleta-russa - grandes ganhos ocasionais que compensam muitas quedas (Mike Segar/Reuters)
Karla Mamona
Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 08h43.
Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 15h35.
(Bloomberg) -- Enquanto investidores se posicionam para um possível retorno ao normal no próximo ano, escolher ações no setor de saúde, no qual a volatilidade atingiu o maior nível em mais de uma década, pode basicamente se resumir a descobrir quais empresas que ficaram de fora do rali deste ano têm mais chances de recuperação.
Enquanto ações de fornecedores de equipamentos de proteção e aparelhos médicos dispararam em 2020, grandes farmacêuticas ficaram para trás dos ganhos do mercado em geral por uma ampla margem. Isso deixou ações de farmacêuticas negociadas com os maiores descontos de preço/lucro desde as negociações para o programa Obamacare em 2009. Goldman Sachs e JPMorgan Chase estão entre os bancos que projetam que caçadores de valor sejam atraídos ao grupo.
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“Esperamos que o desconto de valuation do grupo diminua ao longo de 2021”, disseram analistas do Goldman Sachs liderados por Asad Haider em relatório recente, citando a inovação como um dos catalisadores potenciais para atrair investidores de volta para essas ações.
Para os não iniciados, investir no setor de saúde pode ser como jogar roleta-russa -- grandes ganhos ocasionais que compensam muitas quedas. Neste ano, multidões de turistas entraram no jogo, atraídos por manchetes que movimentaram o mercado, desde a busca por uma vacina até o lançamento da farmácia online da Amazon.com. O curso intensivo de Wall Street em desenvolvimento de medicamentos pode manter o setor em alta enquanto a economia se recupera em 2021.