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Ações da Tarpon, maior fundo na Brasil Foods, caem forte

Empresa possui 8% das ações ordinárias da BRF, cuja fusão está em xeque no órgão antitruste brasileiro

 A exposição do fundo à BR Foods estava em 35% na data do relatório, em 31 de março (Joel Rocha/EXAME.com)

A exposição do fundo à BR Foods estava em 35% na data do relatório, em 31 de março (Joel Rocha/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 14h27.

São Paulo – As ações da Brasil Foods (BRFS3) não são as únicas a sofrer com a possível separação da empresa. Os papéis da Tarpon (TRPN3) também foram afetados pelo parecer desfavorável do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O fundo possuía 8,02% das ações ordinárias da BR Foods em 31 de maio, segundo dados da BM&FBovespa.

Os papéis da Tarpon recuaram 5,82% ontem e na sessão de hoje atingiram a mínima de 3,37%. O desempenho acompanha a forte queda da Brasil Foods, que na quarta-feira caíram 6,27% e nesta quinta-feira apresentaram chegaram a uma desvalorização de 6,9%. Procurada por EXAME.com, a Tarpon preferiu não se pronunciar sobre o que faria com a posição que possui na Brasil Foods.

O presidente do conselho de administração da Tarpon, José Carlos Reis de Magalhães, e o vice-presidente executivo do fundo, Pedro de Andrade Faria, são membros independentes do conselho de administração da Brasil Foods. No último relatório de gestão Fundo Tarpon, os gestores faziam menção ao risco de curto prazo associado à decisão antitruste, mas a decisão era esperada para o terceiro trimestre. A exposição do fundo à BR Foods estava em 35% na data do relatório, em 31 de março.

O relator do caso, Carlos Ragazzo, se mostrou contra a operação apontando diversos fatores negativos da união das duas companhias. Entre eles, o aumento dos preços dos produtos e a concentração excessiva em alguns segmentos, como o de margarina e carne In natura.

O julgamento foi suspenso após o conselheiro Ricardo Ruiz pedir vistas do parecer do relator. Para o conselheiro, os argumentos apresentados pela Brasil Foods para justificar a fusão não são suficientes para garantir a livre concorrência no mercado de carnes industrializadas, embutidos e outros segmentos em que a companhia atua. Ruiz afirmou que seguirá o voto do relator. O caso deve ser retomado no dia 15, quando Ruiz deve trazer o seu voto.

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