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Ação da Suzano cai com plano de investimento; BRF lidera perdas

Ibovespa se mantém no azul, mas na semana a queda chega a quase 2%

Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano; empresa amarga forte queda na Bovespa nesta quinta-feira (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano; empresa amarga forte queda na Bovespa nesta quinta-feira (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 18h21.

São Paulo – Com uma queda de 1,7% nesta semana, o Ibovespa opera em leve alta nesta quinta-feira (9). Na máxima do dia, o principal índice da bolsa chegou a valorizar 0,5%, aos 63.349 pontos.

Os investidores repercutem nesta sessão a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que na véspera, por unanimidade, elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 12,25%, conforme esperado. Na leitura do mercado, o comitê indicou que o ciclo de aperto monetário ainda não chegou ao fim, apesar do alívio em recentes índices de preços.

Além disso, os investidores avaliam o declínio de 0,09 por cento na primeira prévia de junho do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), ante alta de 0,70 por cento em igual período de maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quinta-feira. Já as bolsas dos EUA também mostram leves ganhos. Por lá, o número de pessoas que pediram por auxílio-desemprego no país aumentou em mil na semana passada, segundo um relatório que pode alimentar temores de uma estagnação na recuperação do mercado de trabalho dos naquele país.

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Brasil Foods

As ações ordinárias da Brasil Foods (BRFS3) continuam o movimento de forte baixa verificado no pregão anterior, quando caíram 6,27%. Hoje, os papéis chegaram a cair 6,9% na mínima do dia, vendidos a 24,33 reais.

A relatoria do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pediu ontem a reprovação total da operação. Os papéis têm o maior volume financeiro e número de negócios da bolsa brasileira hoje, superando Petrobras e Vale.

O relator do caso, Carlos Ragazzo, se mostrou contra a operação apontando diversos fatores negativos da união das duas companhias. Entre eles, o aumento dos preços dos produtos e a concentração excessiva em alguns segmentos, como o de margarina e carne In natura. Analistas de mercado cortaram ou colocaram em revisão as projeções para a Brasil Foods.

Souza Cruz

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Direito Econômico (SDE), recomendou a condenação das empresas Souza Cruz (CRUZ3) e Philip Morris por conduta lesiva à concorrência em contratos firmados com estabelecimentos comerciais de todo o Brasil, conforme comunicado publicado hoje no Diário Oficial da União.

De acordo com a SDE, existe prática anticoncorrencial na exclusividade de merchandising e na forma de exposição de produtos nos pontos de venda.

As ações ordinárias da Souza Cruz chegaram a desvalorizar 2,2% (mínima), vendidas a 18,67 reais, mas ganharam fôlego e reduziram as perdas no início desta tarde.

Suzano

A semana não tem sido fácil ao acionista da Suzano (SUZB5). No período a queda das ações chega a 11,5%. Hoje, as ações atingiram uma desvalorização máxima de 6,4%, com papéis valendo 12,25 reais.

A Suzano anunciou ontem seu plano de investimentos para 2011. A empresa planeja manter seu endividamento, no máximo, em 3,5 vezes a dívida líquida/ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A capacidade para manter o endividamento nesse patamar preocupa o mercado.

“A previsão de investimentos para os próximos anos foi maior que a estimada, segundo Leonardo Alves, analista da Link Investimentos. Além dos 3,5 bilhões de reais em 2011, a empresa pretende investir 4,0 bilhões de reais em 2012 e 2,2 bilhões de reais em 2013. 

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