Redatora na Exame
Publicado em 13 de março de 2025 às 08h09.
As ações da Puma registraram queda de 19,92% nas negociações de quarta-feira, 12 de março, com uma queda de até 25% durante o pregão, se aproximando da maior queda desde 2016, segundo dados da Bloomberg.
O desempenho negativo afetou todo o setor, mas a Puma foi mais impactada do que seus concorrentes, como Adidas e Nike, que recuaram 0,49% e 1,35%, respectivamente. No acumulado de 2025, a fabricante de artigos esportivos acumula uma perda de 50%.
A Puma foi prejudicada pelo baixo lucro no último trimestre, que ficou em € 282 milhões, abaixo dos € 305 milhões previstos. A empresa também previu um ano de crescimento lento, o que não agradou os investidores. De acordo com analistas, o resultado reflete a incerteza nos gastos e custos, influenciada pelas tensões econômicas e comerciais entre os Estados Unidos e a China.
A Puma estima que suas vendas ajustadas à moeda crescerão entre um dígito baixo e médio. A expectativa é de que a receita cresça cerca de 8% em 2025, conforme a média das estimativas da Bloomberg.
Como parte de sua estratégia de eficiência, a Puma anunciou cortes de custos, com uma meta de adicionar € 100 milhões aos lucros, excluindo juros e impostos. A empresa também prevê custos únicos de até € 75 milhões e projeta um lucro ajustado entre € 445 milhões e € 525 milhões.
Durante uma teleconferência, o diretor financeiro da Puma, Markus Neubrand, revelou que a empresa demitirá cerca de 500 funcionários como parte de um programa de redução de custos iniciado no começo do ano.
O plano inclui redução de pessoal na sede do grupo em Herzogenaurach, na Alemanha, e em escritórios regionais. Além disso, a Puma também fechará lojas não lucrativas para aumentar a eficiência.