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Ações da Oi caem com aval do Cade para venda de operação móvel

Autarquia de defesa da concorrência aprovou a venda dessa divisão da Oi para o consórcio formado por Vivo, TIM e Claro em decisão apertada

Loja da Oi em shopping: destino da operação de telefonia móvel esteve em jogo nesta quarta em reunião do Cade | Foto: Marcelo Corrêa/EXAME (Marcelo Corrêa/Exame)

Loja da Oi em shopping: destino da operação de telefonia móvel esteve em jogo nesta quarta em reunião do Cade | Foto: Marcelo Corrêa/EXAME (Marcelo Corrêa/Exame)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2022 às 14h45.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2022 às 18h30.

Em uma sessão com forte volatilidade, as ações ordinárias e preferenciais da Oi (OIBR3, OIBR4) caíram, respectivamente, cerca de 2,89% e 1,71% nesta quarta-feira, dia 9, com a notícia da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a venda da operação de telefonia móvel para o consórcio formado pelas concorrentes Vivo (VIVT3), TIM Brasil (TIMS3) e Claro.

Mais cedo, as ações da Oi chegaram a cair entre 15% e 20% com o voto contrário do relator, Luis Brado, à aprovação do negócio e entraram em leilão. Os papéis viraram para alta após a aprovação do negócio, mas não conseguiram sustentar o movimento e voltaram a cair. 

O saldo do acordo, no entanto, é positivo para os papéis da Oi. Para Felipe Vella, analista da Ativa Investimentos, é possível que parte do resultado já tenha sido antecipado e precificado pelo mercado", afirma.

A perspectiva é que o acordo gere ganhos para todas as empresas envolvidas. Isso porque a venda da operação de telefonia móvel por 16 bilhões de reais, acertada em dezembro de 2020, é considerada fundamental para que o plano de recuperação judicial da Oi seja levado adiante.

“É algo muito positivo para a Oi, tanto para os acionistas quanto para os credores. A entrada de caixa é muito importante para o seu plano de saída da recuperação judicial. Em relação às outras empresas, o maior valor do deal deve se dar com a Tim, que tem maior acesso às frequências e também a ativos físicos”, afirma Vitor de Melo, analista do BTG Pactual.

A operadora italiana no Brasil, que vai ficar com a maior parte dos ativos da Oi móvel, tem alta acima de 4,6% no papel. Já as ações da Vivo sobem cerca de 2,4%.

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A Oi pretende manter apenas o seu negócio em fibra óptica, na empresa denominada de Vtal (ex-InfraCo).

A venda da operação móvel permite a redução do endividamento da Oi e a expansão de sua rede de atendimento. O plano da Oi é ter a Vtal "como viabilizadora de uma rede de alta velocidade para operadoras e provedores de internet, permitindo a otimização dos investimentos, a expansão dos negócios com rápida entrada no mercado e evitando a redundância de construção de infraestrutura, que tipicamente ocorre no segmento de telecomunicações."

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