Operações na Colômbia e na Paraíba devem potencializar papéis da companhia controlada pelo bilionário Eike Batista (Caio Coronel/Agência Itaipu)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2011 às 17h31.
São Paulo – As ações da MPX Energia (MPXE3), braço energético do Grupo EBX, controlado pelo bilionário brasileiro Eike Batista, estão se “aquecendo” e podem subir forte até o final de 2011, avalia a equipe de pesquisa do HSBC.
Em relatório, os analistas Reginaldo Pereira, Kaique Vasconcellos e Eduardo Gomide elevaram o preço-alvo para as ações ordinárias da MPX de 31 reais para 46 reais até o final do ano, o que representa um potencial de valorização de 8,38% frente à cotação de 42,44 reais vista no fechamento do pregão de ontem (31). A recomendação é overweight (alocação acima da média do mercado).
O HSBC incorporou em sua análise uma maior probabilidade de execução da usina movida a gás MPX Parnaíba e os projetos da mina de carvão MPX Colômbia. A nova avaliação da instituição financeira assume também a capitalização máxima de 1,3 bilhão de reais por meio da emissão de debêntures conversíveis, conforme anunciado em março.
MPX Paraíba
Segundo os analistas, a construção da usina movida a gás na Paraíba, com capacidade instalada de 1.204 MW e entrega de energia prevista a partir de 2014, iria adicionar mais 5,16 reais para cada ação da MPX, levando em conta que 70% do montante será vendido ao mercado cativo através do leilão de energia a ser realizado em julho próximo.
“Acreditamos que isso funcionará como um catalisador para o preço da ação. Os 30% restantes provavelmente serão vendidos para clientes do mercado livre. Além disso, assumimos que a MPX venda 659 MW para o mercado regulado (totalizando 1.863 MW), com entrega a partir de 2016. Isso deve adicionar ainda mais 3,18 para cada papel da companhia”, explicam.
MPX Colômbia
De acordo com o HSBC, a operação na Colômbia pode alavancar cada ação da MPX em mais 21,89 reais em um cenário básico, assumindo a probabilidade de sucesso de 50%. A equipe de analistas considera que este valor será conquistado caso a empresa execute o projeto conforme o plano original, ou pelo menos metade do previsto.
Como fatores de risco para as operações na Paraíba e na Colômbia, o HSBC aponta os atrasos e cancelamentos nos projetos.