Obras no Porto Sudeste da MMX, em janeiro de 2011 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2011 às 16h59.
São Paulo – Os preços das ações da MMX (MMXM3) ainda não refletem o potencial de aumento de capacidade da mina de minério de ferro Serra Azul e a expansão do porto Sudeste, destacam os analistas do Itaú BBA, em relatório. “A perspectiva de ganhos de escala e de sinergias da MMX não estão precificadas”, avaliam os analistas Marcos Assumpção e Alexandre Miguel.
O banco de investimento reiterou a recomendação de desempenho acima da média de mercado (outperform), com preço-alvo de 15 reais para dezembro de 2011, um potencial de valorização de 45%
Eles explicam que o preço atual das ações não reflete por completo o plano existente para expandir a capacidade de produção de minério de ferro para 48 milhões de toneladas por ano, considerando a MMX Sudeste (Serra Azul + Bom Sucesso), em Minas Gerais, e a Minera MMX, no Chile, subsidiária com foco no desenvolvimento de novos negócios ligados à área de mineração naquele país. A capacidade de produção atual da companhia está em 10 milhões de toneladas anuais.
A consolidação da unidade Serra Azul, formada pelas minas Tico-Tico e Ipê, adquiridas, respectivamente, no final de 2007 e início de 2008, pode adicionar aproximadamente 2,30 reais por ação, segundo a projeção dos analistas.
Além disso, o acordo firmado em 2010 entre MMX, LLX e Usiminas para escoamento de produção de minério de ferro e lavra conjunta da mina Pau de Vinho, na Serra Azul, pode adicionar mais 1 real por ação da mineradora de Eike Batista, projetam.
“Futuros acordos da companhia devem expandir ainda mais o Porto Sudeste, o que aumentaria produção da companhia para 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Acreditamos que para isso os investimentos necessários para duplicar a capacidade do Porto Sudeste estão em torno de 70% do aplicado inicialmente na região”. Considerando este cenário, mais 3 reais por ação seriam acrescidos.