Computador com chip da Intel: A fabricante de chips disse que o problema não era uma falha de design (David Becker/Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 15h55.
As ações da Intel chegaram a cair 5% nesta quinta-feira, marcando a maior queda diária em mais de um ano, um dia após pesquisadores terem dito que celulares e computadores que usam seus chips estão vulneráveis a invasões de hackers.
Os papéis da empresa foram negociados a 43 dólares no início do pregão, após fecharem com recuo de 3,4% na quarta-feira. Às 15h25 (horário de Brasília) os papéis operavam em queda de 2,75%, a 44 dólares.
Pesquisadores de segurança revelaram na quarta-feira um conjunto de falhas que, segundo disseram, podem permitir que hackers roubem informações confidenciais de quase todos os dispositivos que usam chips da Intel, da Advanced Micro Devices e da ARM Holdings.
A Intel disse que começou oferecer atualizações de software e firmware para sanar os problemas de segurança, os quais alega não devem causar impacto financeiro ou na participação de mercado.
A fabricante de chips disse que o problema não era uma falha de design, mas demanda dos usuários algumas medidas, como a atualização do sistema operacional. "Acreditamos que o impacto para as finanças e participação de mercado da Intel a longo prazo é mínimo", disse em nota o analista da Instinet, Romit Shah.
Os analistas da Evercore concordaram com Shah e disseram que não esperam um impacto significativo, já que a Intel já forneceu atualizações para várias falhas sem causar repercussões financeiras.
Os analistas do Morgan Stanley disseram que as preocupações com a perda de desempenho dos chips devido às falhas foram exageradas. "Nós vemos isso como uma questão de relações públicas, e não uma questão de negócios", escreveram os analistas em nota.