São Paulo – As ações ordinárias da HRT Participações (HRTP3) desabavam 12% neste primeiro pregão da semana, após a empresa comunicar a existência de mais um poço seco.

A petrolífera informou na sexta-feira que concluiu a perfuração do Murombe-1, localizado na Namíbia, e o poço foi considerado sem potencial de produtividade.

A HRT afirmou ainda que o resultado do poço demonstrou que "ainda estamos numa curva de aprendizado na exploração das bacias da Namíbia".

"A partir de agora daremos prosseguimento à nossa campanha de perfuração na Bacia de Orange, terceira locação exploratória - poço Moosehead-1, no PEL-24", destacou no comunicado Milton Romeu Franke, diretor-presidente da HRT.

A HRT é a operadora de 10 blocos offshore na Namíbia, incluídos em quatro Licenças de Exploração de Petróleo. A Galp Energia, com 14% de participação, é a parceira da HRT na perfuração dos três primeiros poços da atual campanha de exploração.

Também repercute hoje a notícia de que a petroleira fechou contrato para vender seu negócio de logística aérea e iniciou o processo de alienação de quatro sondas de perfuração e de seu laboratório de prestação de serviços geoquímicos, para fortalecer sua posição de caixa.

Em 2013, as ações ordinárias da HRT amargam queda de 63%, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, perde 22%.

Pessimismo

O banco UBS cortou sua recomendação para a ação da HRT de "neutro" para "venda", depois de a companhia anunciar que o segundo poço de sua campanha exploratória na costa da Namíbia.O banco reduziu seu preço-alvo da ação da empresa de petróleo e gás para 1,80 real, ante 5,50 reais anteriormente. "Cortamos nossas estimativas de lucro por ação da empresa em mais de 10 por cento e estamos preocupados agora com as projeções da companhia", afirmou o UBS, em nota.