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Ações da Cielo apresentam mais potencial que as da Redecard, diz Ágora

Analista elevou o preço-alvo para os papéis da Cielo, ao mesmo tempo em que cortou suas projeções para a Redecard

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 10h53.

São Paulo – Apesar de a Redecard (RDCD3), segunda maior processadora de pagamentos do Brasil, ter elevado sua participação de mercado nos últimos trimestres, a Ágora Corretora prefere a rival Cielo (CIEL3), por apresentar maior potencial de valorização até o final de 2012.

Em relatório, o analista Aloísio Lemos elevou o preço-alvo para as ações ordinárias da Cielo de 47,10 reais para 51,50 reais até o final do próximo ano, ao mesmo tempo em que reduziu de 30,90 reais para 29,90 reais sua estimativa de preço-alvo para os papéis ordinários da Redecard. A recomendação para as duas companhias foi reiterada em comprar.

Com base nos novos preços-alvos, a Redecard apresenta um potencial de valorização de 31,02%, enquanto o da Cielo é de 35,17%, levando em consideração o fechamento das ações no último pregão.

Em sua análise, Lemos incorporou os resultados apresentados pelas companhias no primeiro trimestre do ano e o aumento de participação de mercado pela Redecard e redução pela Cielo vistos nos últimos trimestres, o que ocorreu devido ao “fim da exclusividade das bandeiras”, justifica o analista.

“Até o primeiro semestre de 2010, a Redecard tinha exclusividade com a Mastercard e a Cielo (antes Visanet) era adquirente da bandeira Visa, que detém maior participação de mercado entre estas duas principais bandeiras. Com o fim da exclusividade, foi natural um reequilíbrio entre as fatias de cada empresa”, acredita Lemos.

Antecipação de recebíveis

Com o aumento do negócio de antecipação de recebíveis, Lemos prevê que a Cielo poderá ser beneficiada, isso porque a companhia adotou “há poucos anos” esta prática, até então bastante comum para a Redecard.

Segundo a Ágora Corretora, as receitas originadas de antecipação de recebíveis representavam cerca de 23% do total das receitas da Redecard e apenas 5% da Cielo. Até 2014, Lemos prevê uma tendência de ajustamento para 16% e 12%, respectivamente.

Descontos aos lojistas

Na opinião do analista, o período mais forte de ajustes nas taxas cobradas pela Redecard e pela Cielo aos lojistas “já passou, devendo ser mostrada alguma sintonia fina ainda nos balanços do segundo trimestre e depois tendendo à estabilidade (para as duas empresas)”, explica.

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