Hong Kong: manifestantes pró-democracia desafiaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes da polícia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2014 às 14h45.
Londres - Ações de empresas expostas a Hong Kong contribuíram para que as bolsas europeias fechassem em queda nesta segunda-feira, com a turbulência civil na cidade asiática golpeando papéis de bancos como HSBC e de grupos de bens de luxo como LVMH.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, recuou 0,43 por cento, a 1.371 pontos.
Manifestantes pró-democracia de Hong Kong desafiaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes da polícia e permaneceram firmes nesta segunda-feira na região central do centro financeiro global, em um dos maiores desafios políticos para a China desde o protesto na Praça da Paz Celestial há 25 anos.
Bancos em Hong Kong, incluindo HSBC, Citigroup, Bank of China, Standard Chartered e DBS, fecharam temporariamente algumas agências e avisaram funcionários para trabalharem de casa ou irem para agências secundárias.
O HSBC recuou 2,3 por cento, enquanto o Standard Chartered perdeu 1,6 por cento, sendo os dois papéis com pior desempenho no FTSEurofirst 300.
O setor de bens de luxo também foi afetado pela situação em Hong Kong, uma vez que muitas das empresas no setor vêm mirando nos últimos anos a crescente clientela chinesa rica.
O grupo suíço de luxo Richemont caiu 1,7 por cento enquanto a rival francesa LVMH recuou 1,5 por cento.
"A situação em Hong Kong, combinada com o fato de que o mês de outubro é tradicionalmente um período fraco para os mercados acionários, está se somando a um ambiente que não é favorável para ações", disse o vice-presidente de investimento do banco suíço Reyl, François Savary.