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Ações asiáticas recuam em meio a clima de incerteza

Taxas de juros nos Estados Unidos podem ser elevadas antes e mais rapidamente do que se esperava anteriormente


	Bolsa de Tóquio: índice japonês Nikkei fechou em queda de 1,65 por cento e o mercado australiano recuou 1,15 por cento
 (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

Bolsa de Tóquio: índice japonês Nikkei fechou em queda de 1,65 por cento e o mercado australiano recuou 1,15 por cento (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 08h29.

Sydney - As bolsas asiáticas recuaram nesta quinta-feira, acompanhando a fraqueza em Wall Street em meio a um novo clima de incerteza com os investidores lidando com o risco de que as taxas de juros nos Estados Unidos podem ser elevadas antes e mais rapidamente do que se esperava anteriormente.

Os yields dos títulos norte-americanos de curto prazo tiveram a maior alta em quase três anos depois que a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, disse que o banco central dos EUA pode encerrar seu programa de compra de títulos entre setembro e dezembro deste ano, e pode começar a elevar as taxas de juros cerca de seis meses mais tarde.

Combinado com um ligeiro aumento no caminho projetado para as taxas por membros do Fed, isso levou o mercado a antecipar o momento provável do primeiro aumento dos juros em cerca de dois meses.

"O resultado final é um mercado que foi deixado se sentindo menos confortável com a perspectiva para a política do que antes --precificando mais risco de aperto mais cedo e mais rápido-- apesar dos melhores esforços do Fed em ressaltar que sua visão sobre a política não mudou", disse Michelle Girard, economista-chefe do RBS.

Com isso, o índice japonês Nikkei fechou em queda de 1,65 por cento e o mercado australiano recuou 1,15 por cento.

O Nikkei sofreu um impacto ainda maior quando dados mostraram que investidores estrangeiros venderam um recorde de 1,09 trilhão de ienes (10,7 bilhões de dólares) em ações japonesas na semana passada.

Às 7h35 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 1,81 por cento, a maior queda em um mês.

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