Facebook: rede social reconheceu que deve se aproximar mais de movimentos civis para combater o discurso de ódio (Getty Images/Getty Images)
Natália Flach
Publicado em 29 de junho de 2020 às 17h29.
Última atualização em 29 de junho de 2020 às 18h54.
Os investidores não curtiram o boicote da Coca-Cola, Pepsi e outras 160 companhias ao Facebook. Mas, como tudo nas redes sociais, o mal estar durou pouco tempo. As ações fecharam o pregão de sexta-feira, 26, em queda de 8,3%, no entanto, nesta segunda, 29, voltaram a subir 2,11% para 220,64 dólares. No ano, os papéis acumulam alta de 7,5%.
O intuito do movimento é pressionar a plataforma criada por Mark Zuckerberg a adotar uma política transparente e eficaz contra discursos de ódio. O estopim desse movimento foi a morte de George Floyd por policiais americanos. Enquanto outras redes sociais tomaram medidas para banir postagens racistas, Zuckerberg afirmou que não poderia ser "árbitro da verdade".
No entanto, no domingo, o Facebook reconheceu que deve se aproximar mais de movimentos civis para combater o discurso de ódio e disse que suas ferramentas de inteligência artificial detectam mais de 90% do conteúdo de ódio.
Para Daniel Salmon, analista da BMO Capital Markets, o boicote não deve provocar muitos danos ao Facebook, pois a plataforma tem mais de 8 milhões de anunciantes. "O que pode haver é uma maior pressão para investir em segurança nos próximos anos", disse em relatório, segundo a Business Insider.