O Carrefour disse na quarta-feira que obteria 530 milhões de euros (682 milhões de dólares) com a venda de sua fatia de 25 % na joint venture para o sócio Majid Al Futtaim (MAF) (Ricardo Benichio/EXAME)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 16h10.
Paris - As ações do Carrefour recuaram 5 % nesta quinta-feira, revertendo os ganhos da véspera, em meio a preocupações de que a segunda maior varejista do mundo está deixando vários mercados de alto crescimento depois da venda surpresa de joint venture no Oriente Médio.
O grupo francês disse na quarta-feira que obteria 530 milhões de euros (682 milhões de dólares) com a venda de sua fatia de 25 % na joint venture para o sócio Majid Al Futtaim (MAF).
Isso elevaria o total de venda de ativos para 3,4 bilhões de euros desde a chegada do presidente-executivo Georges Plassat em maio de 2012, com a busca do Carrefour para cortar dívida e se focar na recuperação de seu principal mercado europeu de hipermercados.
Analistas disseram nesta quinta-feira que o negócio foi fechado a um preço razoável -um múltiplo de 0,7 vez as vendas de 2012 e de 13,5 a 13,8 vezes o lucro- e pode fazer sentido para o Carrefour se concentrar em mercados emergentes maiores como Brasil e China.
Mas alguns questionaram se isso era necessário.
O movimento "reduz sua exposição para uma região que oferece oportunidades dinâmicas de crescimento" no médio e longo prazos, enquanto o desempenho do Carrefour "tem sido lento para melhorar" em um "ambiente de deterioração na Europa", disseram analistas do Barclays.
As ações da maior varejista do mundo depois do Wal-Mart fecharam em queda de 5,1 %, revertendo os ganhos de quarta-feira. A ação permanece com alta de 14 % nas últimas cinco semanas.
O Carrefour levantou 2,8 bilhões de euros no ano passado, vendendo unidades na Indonésia, Colômbia e Malásia. No mês passado, a empresa vendeu uma fatia de 12 % de sua joint venture CarrefourSA na Turquia.