Elon Musk, o dono da Tesla, já perdeu US$ 12,5 bi num único dia neste ano (Beata Zawrzel/Getty Images)
Repórter
Publicado em 10 de março de 2025 às 17h13.
Última atualização em 10 de março de 2025 às 17h34.
As ações da Tesla (TSLA; Nasdaq) caíram 15,4% em Nova York na tarde desta segunda-feira, 10, tendo seu maior tombo percentual desde setembro de 2020.
Isso significou também "apagar" toda a valorização que a companhia conseguiu desde a eleição de Donald Trump em novembro do ano passado.
No ano, as ações da montadora de Elon Musk acumulam queda de 45%. Na tarde desta segunda-feira, a desvalorização da Tesla foi a maior entre as empresas que compõem o índice S&P 500.
Desde dezembro, a montadora de carros elétricos perdeu mais de 50% de seu valor de mercado, quando atingiu um pico de US$ 1,5 trilhão. Hoje, está valendo US$ 696,10 bilhões.
Pesa contra a companhia as incertezas sobre o desenvolvimento de futuros produtos da Tesla, incluindo as iniciativas de inteligência artificial. O bilionário também vem colecionando polêmicas desde seu envolvimento com o governo americano. O Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), liderado por Musk, está reordenando o setor público do país com cortes em diversas áreas - muitas delas consideradas estratégicas.
O UBS reduziu perspectivas de entregas da Tesla no primeiro trimestre do ano, de 437 mil veículos para 367 mil veículos, o que indicaria uma queda de 5% na comparação anual, mas com perspectiva de recuperação na segunda metade do ano. Esse desempenho abaixo das expectativas se dá principalmente na China e na Europa.