Invest

Ação da Petrobras reage à possível mudança na política de preços

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a atual política de paridade internacional é "um absurdo"

Segundo o ministro, o preço do litro do combustível pode cair até R$ 0,25 (Sergio Moraes/Reuters)

Segundo o ministro, o preço do litro do combustível pode cair até R$ 0,25 (Sergio Moraes/Reuters)

Publicado em 5 de abril de 2023 às 13h13.

Última atualização em 5 de abril de 2023 às 17h49.

As ações da Petrobras (PETR3/ PETR4) chegaram a operar em queda de mais de 1% nesta quarta-feira, 4, após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmar que a empresa deverá alterar a sua política de preços, deixando a atual paridade de importação para adotar uma fórmula que leve em consideração os custos nacionais de produção de derivados.

Os investidores temem que a mudança prejudique a lucratividade da estatal, e que tenha como consequência uma diminuição no pagamento de dividendos aos acionistas.

“Tal alteração poderá se utilizar da robustez financeira construída ao longo dos últimos anos, bem como da possível diminuição da remuneração ao acionista via proventos para ser executada e mantida daqui para frente”, avaliam, em nota, os analistas da Ativa.

No final do pregão as ações da estatal viraram para o positivo, e ajudaram a minimizar a queda do Ibovespa hoje.

  • Petrobras (PETR3): + 0,15%
  • Petrobras (PETR4): + 0,33%

Em entrevista à GloboNews, o ministro classificou a política atual de preços "como absurdo". Durante a entrevista, ele afirmou que a medida deve provocar redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.

De acordo com o ministro, a companhia terá um colchão para lidar com movimentos mais voláteis por parte dos preços internacionais de petróleo.

Veja também: Em meio a incertezas na Petrobras, outra estatal se torna a queridinha do mercado

O que diz a Petrobras sobre uma possível mudança?

Em comunicado ao mercado, a Petrobras disse reafirmar "seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais".

A empresa diz no entanto que não recebeu proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços. "Quaisquer propostas de alteração da política de preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia."

Ainda no comunicado, a empresa diz que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, pelo "contínuo monitoramento dos mercados". Esse monitoramento compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais, sua participação de mercado, dentre outras variáveis.

Acompanhe tudo sobre:Petrobras

Mais de Invest

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena

Suzano (SUZB3) aprova pagamento de R$ 657 milhões em juros sobre capital próprio