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Ação da Oi dispara com nova proposta e chega a 365% de alta em 4 meses

Consórcio formado por TIM, Vivo e Claro tenta voltar ao jogo e analistas veem possível leilão por ativos móveis

Oi: ações chegam a acumular alta de 350% entre mínima e máxima do do ano (Marcelo Corrêa/Exame)

Oi: ações chegam a acumular alta de 350% entre mínima e máxima do do ano (Marcelo Corrêa/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 28 de julho de 2020 às 11h46.

Última atualização em 28 de julho de 2020 às 17h52.

As ações da Oi abriram em forte alta, nesta terça-feira, 28, após o consórcio formado por TIM, Vivo e Claro aumentar a proposta pelos ativos móveis para 16,5 bilhões de reais, superando a oferta da Highline. Os papéis, que chegaram a subir ainda mais após o jornal O Globo notiicar que executivos da Highline estudam uma contraproposta, fecharam em alta de 15,82%, cotados a 2,05 reais.

“Mais uma notícia positiva para a Oi. Vamos ver como a Highline se posiciona, mas tudo aponta para um leilão que tende a favorecer os acionistas da Oi”, afirmou Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.

As ações da Tim e Telefônica, controladora da Vivo, tiveram respectivas altas de 2,20% e 2,11%, com a renovada expectativa de que saiam vencedoras da disputa pelos ativos da Oi.

Gustavo Bertotti, economista da Messem, ressalta que além da aquisição, a compra dos ativos móveis pelo consórcio também representa uma menor concorrência no setor. “Para o consumidor não é bom, já que o oligopólio fica menor. Mas a Vivo e a TIM vão poder aumentar significativamente a receita. Agora resta saber se vão conseguir, já que a Highline tem acordo com a Oi para negociar os ativos com exclusividade”, comentou.

A venda da parte móvel é considerada fundamental para o processo de desalavancagem da Oi. Desde que o consócio formado por TIM, Vivo e Claro oficializou a primeira proposta pelos ativos da companhia, no fim de semana retrasado, os papéis da Oi chegaram a subir 69,4%. Desde a mínima do ano, de 23 de março, as ações já subiram 365%.

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