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Ação da OGX tem a maior queda do mundo entre as petrolíferas em 2011

Relatório sobre reservas levou a empresa de Eike Batista a uma queda de 16% no ano, a pior entre as principais

As ações da OGX recuaram 18,8% no ano, enquanto as da chinesa Sinopec, por exemplo, avançaram 24% no período (Essam Al-Sudani/AFP)

As ações da OGX recuaram 18,8% no ano, enquanto as da chinesa Sinopec, por exemplo, avançaram 24% no período (Essam Al-Sudani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 20h42.

São Paulo – A desconfiança do mercado em relação ao relatório que atualizou as estimativas de petróleo da OGX (OGXP3) levou as ações da empresa de Eike Batista ao posto de pior desempenho entre as principais petrolíferas do mundo em 2011.

As ações da companhia recuaram 18,8% no ano, enquanto as da chinesa Sinopec, por exemplo, avançaram 24% no período. As cotações consideram o fechamento de ontem. Mesmo assim, após a alta de 4,86% de hoje da OGX, os papéis continuariam na mesma posição. 

O recuo é até mais expressivo que o da BP, que no ano passado gastou bilhões de dólares para conter um megavazamento de petróleo.

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Empresa Variação (%) País
Sinopec 24,06% China
Gazprom 21,66% Rússia
Chevron 15,39% EUA
ConocoPhillips 14,98% EUA
ExxonMobil 14,26% EUA
PetroChina 7,93% China
ENI 3,12% Itália
Royal Dutch Shell 3,10% Reino Unido
Total 2,55% França
BP -2,11% Reino Unido
HRT -5,49% Brasil
Petrobras ON -6,80% Brasil
Petrobras PN -6,60% Brasil
OGX Petróleo -18,82% Brasil

Os papéis das brasileiras Petrobras (PETR3; PETR4) e da HRT Petróleo (HRTP3) também estão na ponta de baixo do levantamento. A Petrobras sofreu com um processo de capitalização conturbado no ano passado e ainda não se recuperou.

Em um ano, a queda acumulada das ações preferenciais chega a 20%. A HRT, por sua vez, enfrenta a desconfiança dos investidores em relação às operações da companhia na Namíbia. A província petrolífera na região ainda foi pouco explorada, o que aumenta as incertezas sobre o sucesso da campanha exploratório no país africano.

OGX

A queda acentuada da OGX foi levada por uma leitura negativa do mercado para um relatório produzido pela certificadora D&M (DeGolyer & MacNaughton) que elevou as reservas da OGX de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

O problema é que parte do mercado esperava um número maior. “A empresa não chegou nem perto do que esperávamos em recursos contingentes”, afirmou o analista do BTG Pactual, Gustavo Gattass em relatório.

O banco esperava recursos contingentes de 4 bilhões de barris, enquanto a D&M apresentou 3 bi de barris e outros 6,5 bi de barris prospectivos. O restante foi classificado como de “delineação”.

Petróleo

Afetadas por problemas individuais, as empresas brasileiras do setor de petróleo não surfaram na recente alta dos preços do barril de petróleo no mundo. A commodity tem sido negociada em altos níveis após tensões geopolíticas terem criado incertezas sobre a produção de petróleo em países do Oriente Médio e do norte da África, como a Líbia. O óleo tipo Brente stava sendo negociado em torno dos 120 dólares o barril.

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