Forte potencial de valorização das ações de 109% indica que o mercado está cauteloso em relação ao desempenho da companhia de Eike Batista, afirmam analistas (Daniela Dacorso)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 15h30.
São Paulo – A MMX, braço de mineração do Grupo EBX, controlado pelo bilionário brasileiro Eike Batista, lidera a alta no pregão da BM&FBovespa nesta quinta-feira (24), reagindo positivamente a notícia de que a companhia reverteu suas perdas e fechou 2010 com resultados positivos.
As ações ordinárias da companhia (MMXM3) chegaram a subir 4,5%, negociadas a 9,72 reais. No ano, no entanto, a empresa acumula desvalorização de 13,98%. O Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, opera em leve baixa hoje.
O lucro líquido chegou a 46,6 milhões de reais em 2010. No ano retrasado, a companhia teve um prejuízo de 185,138 milhões de reais. “Apesar da cifra ter ficado um pouco aquém o esperado, a MMX obteve bons resultados no quarto trimestre de 2010”, afirmaram em relatório os analistas Victor Penna e Antonio Ruiz, do BB Investimentos.
Eles recordam ainda que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da MMX atingiu 120 milhões de reais, valor 126% superior ao do ano anterior, com destaque para a queda de 33% nas despesas gerais e administrativas e de 13% nas comerciais.
“A MMX segue evoluindo tanto na capacidade operacional quanto na eficiência. Os preços e as margens devem se sustentar para o mercado interno... Esperamos que a fase de caixa negativa e prejuízo líquido já tenham passado”, afirmam os analistas.
Eles reiteraram a recomendação de compra para as ações da MMX. O preço-alvo foi mantido em 19,40 reais para o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 109%. Segundo eles, a forte possibilidade de alta dos papéis indica que o mercado está cauteloso em relação ao desempenho da companhia. “Esta opinião deve melhorar consideravemente em 2011”, prevê Penna e Ruiz.
Perspectivas
Durante teleconferência com analistas, Roger Allan Downey, diretor de relações com investidores da MMX, afirmou que a companhia está perto de garantir o financiamento necessário para seus projetos. A MMX pretende alcançar um volume de produção de 46 milhões de toneladas por ano a partir de 2015, quantidade seis vezes superior a atingida em 2010.