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Ação da Inpar depende de melhora no risco de execução, diz Fator

Papel ganhou recomendação de manutenção após resultado no quarto trimestre, mas analistas criticam incertezas na execução de projetos da companhia

Projeto da InPar: empresa vai captar recursos para imóveis populares (Divulgação/InPar)

Projeto da InPar: empresa vai captar recursos para imóveis populares (Divulgação/InPar)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 17h43.

São Paulo - Ainda que tenha demonstrado um desempenho acima do consenso dos analistas em seus resultados do quarto trimestre, a construtora Inpar (INPR3) precisa convencer o mercado de que tem força para sustentar os projetos que prometeu para 2011.  A avaliação é da corretora Fator em relatório, no qual atualiza as estimativas para a companhia e recomenda manutenção do papel.

Segundo os analistas Eduardo Silveira e René Brandt, o maior desafio para a companhia em 2011 é o risco de execução de seus projetos, ainda acima do recomendado. “Em termos de capacidade construtiva, o volume de entregas previsto para 2011 é de 1,4 bilhão de reais, contra apenas 300 milhões de reais em 2010, e a execução dos projetos da companhia ainda configuram alto risco”, afirma a corretora.

A ação ganhou preço-alvo de 5 reais para dezembro deste ano, um potencial de valorização de 47%. O cálculo leve em consideração os números otimistas do resultado do quarto trimestre, divulgados na segunda-feira (16) e que mostraram vendas contratadas de 788,9 milhões de reais em 2010, mais que o dobro do ano anterior. “Esperamos impacto positivo no preço das ações”, dizem os analistas. As ações da Inpar negociam a múltiplo de preço sobre valor por ação ajustado de 0,7x, com desconto em relação à média do setor de 1,05 x. “Acreditamos que o momento é positivo para a Inpar e que este desconto deverá diminuir diante do resultado apresentado acima das expectativas”.

Segundo os analistas, entre os destaques do ano figura a retomada dos lançamentos e recuperação da velocidade de vendas, especialmente as vendas de estoque, que somaram 100 milhões de reais no quarto trimestre. A companhia retomou lançamentos dando continuidade ao processo de reestruturação pelo qual a empresa passa desde 2009, quando o fundo americano Paladin assumiu o controle da companhia. “Sob a nova gestão, a companhia passou a operar mais focada na média renda, refletindo em maior disciplina financeira, funding adequado e rentabilidade mais alta”, ressalta a Fator.

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