Márcio Mello, presidente da HRT (Eduardo Monteiro/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2012 às 16h43.
São Paulo – As ações da HRT (HRTP3) registram hoje forte queda, que já beirou os 13% na mínima do dia, para 422 reais. A forte desvalorização oferece um bom ponto de entrada no papel, segundo a casa de análises Empiricus, que recomenda compra das ações.
Em relatório, os analistas dizem que a queda tem relação com o anúncio de hoje da Chariot Oil & Gas, que afirmou que não encontrou hidrocarbonetos comercializáveis no poço Tapir Sul, na Namíbia.
Em relatório, os analistas da Empiricus afirmam que o desempenho negativo das ações já era esperado, mas que ele se deve apenas a uma “interpretação equivocada e enviesada de curtíssimo prazo, colocando sob uma mesma cesta coisas bastante distintas”.
Segundo a Empiricus, a não-descoberta de hidrocarbonetos comerciais no Tapir Sul não influencia a probabilidade de HRT encontrar petróleo em seus prospectos, já que as empresas exploram em bacias sedimentares diferentes.
Dois motivos principais, na visão da Empiricus, afastam a relação entre HRT e a não-descoberta da Chariot. Primeiro que a empresa brasileira tem uma exposição pequena à Bacia do Namibe, onde está o poço ‘seco’ da Chariot, com participação de 2,85 % em dois blocos. Segundo que a área de prospecção da Chariot mais próxima ao poço da HRT está a 350 quilômetros.
Como a recomendação dos papéis é de compra, a queda pode ser uma boa notícia para quem busca entrar no papel da empresa.
Chariot em baixa
A empresa Chariot, que tem seu foco exploratório na África, também sofreu os efeitos do anúncio de seu ‘poço seco’, que após não apresentar comercialidade, será fechado e abandonado.
Os papéis (CHAR) da empresa são negociados na bolsa de Londres e hoje terminaram o pregão em queda de 49,75%.