Consultada por EXAME.com, a HRT confirmou que pode comprar a participação da Petra e revendê-la por outro preço (Antonio Milena/Veja)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2011 às 16h22.
São Paulo – As ações da HRT (HRTP3) disparam na sessão desta quinta-feira (26) após a empresa ter anunciado que pode exercer o direito de exigir a venda da participação da Petra na Bacia do Solimões para a joint-venture russa da BP, a TNK-BP. Na máxima do dia, os papéis subiram 10,04%, para 1.534,99 reais.
De acordo com comunicado enviado hoje ao mercado, os 45% detidos pela Petra seriam vendidos por 1,288 bilhão de reais. O valor foi estabelecido usando métricas fixadas na precificação da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da HRT em outubro do ano passado. A TNK-BP apresentou a proposta de aquisição em 20 de maio.
Caso a Petra resista à venda, a HRT poderá utilizar o seu direito de compra da participação, conforme acordado em 30 de junho de 2009. Como a intenção da HRT não é o de permanecer com a fatia da Petra no bloco, a empresa poderia então vendê-la para a TNK-BP. E é aí que a empresa pode ganhar com a operação.
Consultada por EXAME.com, a HRT confirmou que pode comprar a participação da Petra e revendê-la por outro preço caso ela não queira vender diretamente. Ou seja, há espaço para a reavaliação do valor. Baseado em cálculos de valuation, o analista Felipe Miranda, da Empiricus, acredita que a venda pode sair por até 3 bilhões de reais.
Segundo ele, a operação deve fazer com que os investidores voltem a fazer contas sobre o valor da companhia. “Atualmente, o valuation desconsidera por completo ativos de gás no Solimões e petróleo na Namíbia. Considerando isso no preço, podemos chegar facilmente em um valor de US$ 10 bilhões para a HRT, implicando em um potencial de valorização superior a 100%”, afirma.