HSBC reduziu em 10% sua projeção para o Ebitda da Gerdau em 2011 e 2012, ao mesmo tempo em que cortou sua estimativa de lucro líquido em 13% e 7%, respectivamente (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 16h57.
São Paulo – As ações da Gerdau (GGBR4) e da Gerdau Metalúrgica (GOAU4) permanecem “caras, com pouco potencial de crescimento no curto prazo”, aponta relatório do HSBC. O banco incorporou na análise a recente oferta de ações da companhia, além de novas estimativas para o câmbio e um ambiente operacional mais “difícil” no Brasil e na América do Norte.
O analista Jonathan Brandt reduziu o preço-alvo da Gerdau de 25 reais para 18 reais. A estimativa para os papéis da Gerdau Metalúrgica caiu de 28,50 para 23 reais. A recomendação foi mantida em neutra, apesar da queda recente das ações, explica o banco.
O HSBC atribuiu a decisão aos “ventos desfavoráveis significativos” enfrentados pela Gerdau no Brasil e na América do Norte. Segundo Brandt, as importações no Brasil continuam a pressionar os preços locais. “Acreditamos que os dias de prêmios de 25-30% (e margens elevadas correspondentes) ficaram para trás, para um futuro próximo”, declara.
Ele prevê que os recursos de 3,6 bilhões de reais levantados na oferta primária de ações serão usados pela empresa para financiar o programa de investimentos, orçado em 10,8 bilhões de reais. O analista ainda lembra que parte do montante captado (2,1 bilhões de reais) já foi gasto com o pagamento de dívidas.
“Em termos pro-forma, o índice dívida líquida sobre Ebitda da empresa caiu para 1,7x, o que deve permitir a ela financiar seus planos de expansão, mantendo, ao mesmo tempo, sua classificação de grau de investimento”, explica.