Sede da Adobe, na Califórnia: corretoras americanas já retiraram recomendação (.)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2010 às 12h13.
São Paulo - A ações da Adobe Systems desabavam 20 por cento nesta quarta-feira, um dia depois da produtora de software ter previsto demanda baixa para seu principal pacote de software. O anúncio disparou preocupações entre analistas sobre falta de produtos novos no curto prazo capazes de estimular as ações da empresa.
A Adobe anunciou que embora a demanda pelo Creative Suite 5 (CS5) continue positiva, as vendas no Japão e a clientes norte-americanos do setor de educação podem ser inferiores às esperadas.
Pelo menos três corretoras retiraram recomendações de compra de ações da Adobe.
O BofA Merrill Lynch afirmou que, embora mantenha-se otimista sobre o software Adobe Flash e sua penetração nos mercados celulares, o crescimento do CS5, que é o negócio central da companhia, parece desacelerar. Até agora, o BofA tinha uma recomendação de compra das ações da Adobe.
A Apple recentemente relaxou as restrições ao uso de ferramentas desenvolvidas por terceiros, a exemplo do Flash, o que chegou a gerar alta nas ações da Adobe nas duas últimas semanas.
A Adobe antecipa que a receita trimestral de sua divisão de soluções criativas, que inclui o CS5, se mantenha estável ou caia ligeiramente ante o trimestre passado.
O UBS, que também recomendava compra de ações da Adobe, anunciou que a partir de agora antecipa que as ações da empresa sejam negociadas por menor múltiplo entre preço e lucro do que o esperado anteriormente.
O banco espera que os investidores redirecionem seus fundos e posições de suas carteiras à Oracle, que vem apresentando tendências de avanço.
A Baird afirmou que as projeções da Adobe para o quarto trimestre presumem queda nos negócios ante o trimestre atual, o que não representa um padrão sazonal normal.
Às 11h25 (horário de Brasília), as ações da Adobe desabavam 20,87 por cento, enquanto o índice Nasdaq exibia queda de 0,55 por cento.
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