Nova York - O euro recuperou terreno diante das principais moedas, depois de uma reabertura relativamente tranquila dos bancos de Chipre. Muitos temiam um movimento de corrida aos bancos depois de eles terem ficado fechados por quase duas semanas, enquanto o governo do país negociava um pacote de ajuda financeira.

O pacote impôs perdas a grandes depositantes e a detentores de bônus, o que levou o governo cipriota a impor controles sobre os fluxos de capital e limites aos saques.

"A reabertura tranquila dos bancos de Chipre foi um alívio para mercados que estavam nervosos, disse o estrategista Michael Woolfolk, do Bank of New York Mellon. Entre as principais moedas, a única a subir frente ao euro foi o franco suíço.

O dólar, por sua vez, recuou frente ao iene, depois da divulgação de indicadores norte-americanos que ficaram abaixo das previsões. O número de pedidos de auxílio-desemprego cresceu mais do que se esperava na semana passada; o PIB do quarto trimestre foi revisado para cima, mas ficou abaixo da expectativa; e o índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago recuou em março.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2816, de US$ 1,2780 na quarta-feira; diante da moeda japonesa, o euro estava cotado a 120,69 ienes, de 120,66 ienes na véspera; o iene estava cotado a 94,14 por dólar, de 94,45 por dólar na véspera.

A libra estava cotada a US$ 1,5193, de US$ 1,5130 na quarta-feira; o franco suíço estava cotado a 0,9499 por dólar, de 0,9545 por dólar na véspera e a 1,2176 por euro, de 1,2192 por euro na quarta-feira.

Na próxima semana, os mercados estarão atentos a três reuniões de bancos centrais: a do Banco da Inglaterra (BoE), a do Banco Central Europeu (BCE) e a do Banco do Japão (BoJ). A expectativa de participantes do mercado é de que o iene opere numa faixa estreita diante do dólar até a quinta-feira, quando o BoJ faz sua primeira reunião de política monetária sob o comando de seu novo presidente, Haruhiko Kuroda.

Pesquisa da Nomura Securities indica uma grande expectativa de que o BoJ anuncie medidas agressivas de relaxamento monetário com o objetivo de fazer a inflação subir para 2% ao ano, inclusive com uma expansão do programa de compras de ativos da instituição. As informações são da Dow Jones.