Azul: empresa deve liderar consolidação do setor, segundo seu presidente | Foto: Avolon/Divulgação (Avolon/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2021 às 09h36.
As ações da Azul (AZUL4) dispararam mais de 4% no último pregão, após rumores de que a empresa quer comprar a operação brasileira da Latam. Em fato relevante, o presidente da Azul, John Rodgerson, chegou a afirmar que a Azul deve ser uma das líderes de um potencial movimento de consolidação no setor.
Caso a operação seja confirmada, a Azul passará a deter 62% do mercado doméstico. "Se acontecer, seria positivo para o setor inteiro, porque estaria muito mais concentrado e ainda com a demanda sendo retomada. GOL (GOLL4) e Azul deveriam caminhar muito bem. Mas não é uma discussão trivial, porque tem o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no meio do caminho", disse Bruno Lima, analista-chefe da Exame Invest Pro na Abertura de Mercado desta quarta-feira, 26.
Mas possíveis consolidações de mercado não estão restritas ao setor aéreo. "Vários setores vão mudar seu patamar de margem operacional e rentabilidade porque vão se consolidar mais. Ainda tem muita coisa para acontecer em relação a fusões e aquisições ao longo desse ano e mesmo para frente", disse. Segundo o analista, empresas de capital aberto, por terem balanços mais robustos e maior acesso ao mercado de crédito e de ações, devem ser as mais beneficiadas desse movimento.
Visando potenciais aquisições, empresas listadas tem aproveitado para levantar recursos por meio de ofertas subsequentes de ações (follow-on, em inglês) na B3. Entre elas, estão a Rede D'Or (RDOR3), Lojas Renner (LREN3) e BTG Pactual (BPAC11, do mesmo grupo controlador da Exame), que recentemente fizeram ofertas bilionárias na bolsa.