Setor bancário se destacou como o mais lucrativo da bolsa | Foto: Germano Lüders/ Exame (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada
Publicado em 18 de agosto de 2021 às 08h49.
Última atualização em 18 de agosto de 2021 às 10h33.
O mercado brasileiro enfrenta um descompasso entre os cenários micro e macroeconômico. Em uma ponta da balança, os balanços corporativos do 2º trimestre mostraram bons resultados, aumentando a confiança do investidor na resiliência das companhias. Por outro lado, os riscos políticos e fiscais estão afastando investidores institucionais da bolsa, que enfrenta um movimento de queda.
Na véspera, o Ibovespa recuou para o menor nível desde maio e ficou negativo no ano. O principal índice da B3 encerrou o último pregão com um acumulado de perdas de 0,94% em 2021.
“O risco fiscal e o barulho entre as instituições têm prejudicado o fluxo de investimentos na bolsa, com as histórias ‘micro’ ganhando maior relevância: 42% dos balanços divulgados vieram mais fortes do que o esperado pelo consenso de mercado”, afirmou Luis Mollo, analista do BTG Pactual digital, durante a Abertura de Mercado desta quarta-feira.
Um dos setores de maior destaque foi o bancário, o mais lucrativo da bolsa, que apresentou um lucro líquido conjunto de 26 bilhões de reais no segundo trimestre de 2021 – crescimento de 89,3% em relação ao ano anterior.
“Neste caso temos uma questão de base. As provisões dos bancos foram muito maiores em 2020 por conta do efeito de incerto da inadimplência devido à pandemia. Isso deixou o lucro dos bancos muito mais alto do que costuma ser”, destacou Mollo.
O programa Abertura de Mercado é transmitido ao vivo no YouTube e no Instagram da Exame Invest de segunda a sexta-feira, às 8h. Assista abaixo: