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A visão de Ray Dalio e Larry Fink sobre o investimento em petrolíferas

Investidores à frente da maior gestora e do maior fundo hedge do mundo analisam impactos da capitalização das maiores companhias do setor

Refinaria e tanques de petróleo da Marathon em Wilmington, na Califórnia | Foto: Bing Guan/Bloomberg (Bing Guan/Bloomberg)

Refinaria e tanques de petróleo da Marathon em Wilmington, na Califórnia | Foto: Bing Guan/Bloomberg (Bing Guan/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 07h30.

Alguns dos maiores investidores de Wall Street estão dando boas-vindas às ações de petróleo e gás, e a razão não é somente seu desempenho surpreendente dos últimos 18 meses.

Produtores de combustíveis fósseis com visão de futuro desempenharão um papel “central” na descarbonização da economia mundial, disse Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora do mundo, com 10 trilhões de dólares sob gestão, em sua carta anual a CEOs.

Enquanto isso, Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, o maior fundo hedge do mundo, elogiou o papel das empresas produtoras de petróleo em segurar a inflação.

“Empresas com visão ao longo de vários setores associados à emissão de carbono estão transformando seus negócios e suas ações são uma parte crítica da descarbonização”, escreveu Fink. Direcionar capital para essas empresas será essencial para alcançar um mundo com emissões neutras, segundo ele.

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Para gestores de fundos, têm sido fácil vender ou ignorar ações de energia durante grande parte da última década, dado que sua relutância em lidar com mudanças climáticas foi acompanhada por um desempenho financeiro negativo.

O peso do setor de energia no S&P 500 caiu de 12% há uma década para cerca de 2% ao fim de 2020, mas, desde então, voltou a crescer devido ao aumento dos preços do petróleo e do gás.

Sete dos dez melhores desempenhos no S&P 500 são de ações de petrolíferas, que somaram ganhos expressivos no ano passado. As ações da Marathon Oil, por exemplo, subiram 150% em 2021.

A maioria das empresas petrolíferas dos Estados Unidos transformou seu modelo de negócios na pandemia para se concentrar na geração de fluxo de caixa livre, em vez de aumentar a produção com custo adicional para os acionistas e para o meio ambiente.

Fink enfatizou que o desinvestimento em combustíveis fósseis, como os realizados por fundos de doações da Universidade Harvard, por exemplo, não conduzirá o mundo para o baixo carbono.

Dalio, que tem cerca de 150 bilhões de dólares sob gestão na Bridgewater, deu um passo adiante, dizendo que as companhias petrolíferas estão desempenhando um papel decisivo na contenção da inflação.

“Agradeço a Deus pelos produtores de petróleo” por fornecerem recursos confiáveis, disse Dalio na segunda-feira, dia 17, em um painel na cúpula da Semana de Sustentabilidade de Abu Dhabi. Cortar o financiamento dos produtores e avançar muito rapidamente na transição energética só alimentaria a inflação, afirmou o bilionário investidor.

Gráfico com os setores do S&P 500 que tiveram as maiores valorizaram na média em 2021

Gráfico com os setores do S&P 500 que tiveram as maiores valorizaram na média em 2021 | Imagem: Bloomberg (Arte/Bloomberg)

 

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