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A entrada em Bolsa do Facebook, o evento financeiro mais esperado de 2012

O site é disparado a maior rede social da internet, com mais de 800 milhões de usuários no mundo

O fundador de Facebook, Mark Zuckerberg (Justin Sullivan/Getty Images)

O fundador de Facebook, Mark Zuckerberg (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2011 às 07h33.

Nova York - Quase ninguém duvida que a entrada da rede social Facebook na bolsa de valores em 2012 é um dos eventos financeiros mais esperados do ano e provavelmente um dos de maior proporção.

"Será sem dúvida o evento financeiro mais importante no campo da alta tecnologia (high tech)", diz Josh Bernoff, analista da Forrester Research.

Segundo especialistas de mercado, a empresa deverá obter uma das maiores captações em bolsa de todos os tempos, devendo ficar em sexto lugar nos EUA (atrás de nomes como Visa e General Motors) e em décimo quinto no mundo, de acordo com a Renaissance Capital Research Society, empresa especializada em aberturas de capital.

Para Nick Einhorn, analista da Renaissance Capital, é difícil avaliar o valor da sociedade da Califórnia, assim como foi difícil avaliar o valor do LinkedIn, que foi subestimado pelos bancos. Já outros grupos como o site de descontos Groupon e a desenvolvedora de jogos Zynga caíram em relação a seu preço de estreia, que havia sido artificialmente inflado.

"O Facebook, no entanto, é uma empresa em constante evolução e bem estabelecido, o que deve ser reconhecido pelos investidores", disse Einhorn.

O Facebook, liderada por seu fundador, Mark Zuckerberg, de 27 anos, é disparado a maior rede social da internet e seu site já conta com mais de 800 milhões de usuários no mundo.

A empresa é avaliada atualmente em cerca de 10 bilhões de dólares, algo próximo do valor da rede de fast food McDonalds e muito além de empresas como a Boeing ou a Alcoa, mas ainda distante de empresas como Apple (376 bilhões) e Google (209 bilhões ).

A relação entre volume de negócios e capitalização deve ser bastante elevada, uma vez que as receitas anuais do Facebook estão estimadas em cerca de 5 bilhões de dólares (contra 36 bilhões do Google e 108 bilhões da Apple).

Segundo Zuckerberg, a entrada em bolsa era inevitável para a empresa devido à pulverização de seu capital.


"Nós fizemos essa promessa implícita para os nossos investidores e empregados para pagá-los com títulos", disse Zuckerberg, recentemente.

Para Bernoff, a entrada em bolsa da empresa não possui a finalidade essencial de arrecadar fundos, mas sim para reforçar a "respeitabilidade do grupo, e compará-la a outras grandes do setor".

"O Facebook quer ser levado a sério como uma empresa onde as comunicações financeiras são auditadas", diz Bernoff, acrescentando que "faz sentido, porque muitas outras empresas com as quais eles trabalham são empresas de capital aberto."

Segundo Bernoff, o preço do Facebook não deve revolucionar a cultura da empresa, que espera um forte crescimento no próximo ano com "milhares" de novos contratados.

"Acho que em quatro anos, Mark Zuckerberg ainda será o CEO (...) é uma posição muito similar a de Bill Gates na Microsoft", disse ele.

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