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8 boas oportunidades para comprar ações “menores”

Corretora do Banco Fator aponta boas oportunidades para os investidores em diversos setores da economia


	Pregão da Bovespa: o objetivo dessa estratégia de compra de ações menores é a geração de valor
 (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Pregão da Bovespa: o objetivo dessa estratégia de compra de ações menores é a geração de valor (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 14h25.

São Paulo - Seguindo sua estratégia de olhar para empresas menores que estão na bolsa brasileira, todas elas voltadas ao consumo interno, beneficiadas pelo aumento do emprego e da renda, a corretora do Banco Fator aponta boas oportunidades para os investidores em diversos setores da economia. Elas fazem parte do guia de recomendações “Perspectivas e Estratégias 2013”, com foco em “small caps” e “mid caps”, ações de empresas menores.

De acordo com o coordenador de análise da Fator Corretora, Daniel Utsch, “o objetivo dessa estratégia é a geração de valor”. O investimento segue premissas de análise fundamentalista, ou seja, da avaliação dos fundamentos econômicos e financeiros das empresas e do cenário macroeconômico, em detrimento de operações apenas baseadas em notícias ou eventos pontuais.

Além disso, as indicações são para o longo prazo, apostando na valorização das ações. Esses papéis de empresas menores, geralmente, têm menos liquidez que as chamadas “blue chips”, como ações da Vale e da Petrobras. Por isso, o investimento de longo prazo é importante nesse caso. Pela menor procura, pode ser difícil se desfazer das ações no curto prazo.

Atualmente, segundo Utsch, o investidor “precisa aprender a olhar para fora do Ibovespa, ampliando seu leque”. Leque aberto, surgem os principais setores e empresas recomendados pela corretora:

Autopeças

Para Utsch, esse é um setor com muita movimentação, sobretudo de consolidação, com várias fusões e aquisições acontecendo. “Além disso, as empresas estão experimentando uma fase de internacionalização, principalmente via economia mexicana.”

Dentre as preferências da Fator Corretora para o setor, o destaque é a Tupy, fabricante de blocos e cabeçotes para motores. “As operações da Tupy destacam-se no atendimento às demandas e especificações dos clientes”, diz o guia de recomendações. “Acreditamos que o ativo ainda oferece um preço atrativo de entrada.” A recomendação da corretora é de compra para as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Tupy (TUYP3), com preço justo de R$ 31,42.


Logística

No setor, a preferência da Fator Corretora são as ações da Wilson Sons, companhia que está entre as maiores operadoras de logística portuária e marítima do mercado brasileiro. “Estamos otimistas em relação ao negócio de terminais portuários da empresa, devido à expansão do Tecon Salvador (empresa responsável pela maioria dos embarques e desembarques de contêineres no porto de Salvador, operada pela Wilson Sons)”, diz o relatório.

“Nossa expectativa é que o Tecon Salvador atinja sua utilização ótima em 2015.” A recomendação para as ações da empresa (WSON11) é de compra, com preço justo de R$ 39,90.

Saúde

O setor deve continuar sendo beneficiado pelo bom momento de aumento da renda média e pelo elevado nível de emprego. Entre as boas oportunidades, está a de investimento em ações da Profarma, “uma das principais distribuidoras atacadistas de produtos farmacêuticos do país”, na avaliação da corretora.

A tendência é que a empresa se destaque no processo de consolidação do setor, segundo Utsch. “A empresa continuará aproveitando os benefícios da mudança no padrão de consumo, posição da população, além de ter uma posição relevante no mercado do Rio de Janeiro”, afirma. A corretora recomenda compra das ações (PFRM3), com preço justo de R$ 25,31.

Educação

As novas regras do financiamento estudantil e a maior utilização do ensino à distância tendem a favorecer o setor. Uma das principais beneficiadas deve ser a Kroton, cujos papéis (KROT3) fazem parte das preferências dos analistas da Fator Corretora. O preço justo projetado é de R$ 32,50. “O papel já valorizou bastante em 2012, mas entendemos que ainda há um grande potencial”, afirma Utsch.


Consumo – Shoppings

Segundo o coordenador de análise da Fator, a previsão é de um aumento de 30% na área bruta locável do segmento de shoppings no Brasil em 2013. A principal escolha no setor é a Sonae Sierra, que possui oito centros de compras em sua carteira.

A corretora enxerga espaço para valorização das ações, que “estão atrativas no momento”, pois a receita e as margens dos empreendimentos da Sonae devem aumentar. A recomendação é de compra das ações (SSBR3), com preço justo estimado de R$ 39,60.

Seguros

No setor, uma das ações preferidas da Fator Corretora é a da Brasil Insurance, que opera nos segmentos de seguros de Vida, Saúde, Auto, Garantia, Transporte, Civil, dentre outros. A companhia está presente em 11 Estados brasileiros.

Alguns dos pontos positivos, na visão da corretora, são a “exposição da companhia ao alto crescimento do setor de seguros no Brasil” e o fato de ela ser “um agente consolidador, em um mercado altamente pulverizado”.

Além disso, a Brasil Insurance conseguiu concluir aquisições a preços “bastante atrativos, o que possibilita gerar valor ao acionista”. A recomendação para os papéis (BRIN3) é de compra, com preço justo de R$ 30,32.


Mercado imobiliário

De acordo com, Utsch, o mercado primário, de construção e venda de imóveis novos, deve continuar sendo pressionado em 2013. Contudo, o secundário, de venda e aluguel de imóveis usados, deve continuar bastante aquecido. A corretora aponta como uma de suas preferências no setor as ações da Lopes Brasil (LPSB3), com preço justo estimado de R$ 55,52.

“Acreditamos que o pior momento em relação às retrações de lançamentos já passou e que o preço das ações hoje não reflete adequadamente as perspectivas para a empresa, notadamente no mercado secundário”, diz a avaliação da Fator.

Varejo

Embora muitos analistas afirmem que o setor já está sobrevalorizado, depois do impressionante desempenho de 2011 e 2012, segundo a Fator Corretora, ainda é possível achar oportunidades. Uma delas são as ações da Marisa (AMAR3), que têm recomendação de compra e preço justo de R$ 43,47. Segundo Utsch, “a empresa deve se beneficiar não apenas da maior renda e do alto nível de emprego, mas de sua entrada em novos setores ao longo do ano, como o de calçados e de roupas em tamanhos especiais”.

Confira um resumo das indicações:

Empresa Ação Preço em 26/03/2013 (R$) Preço justo (R$)
Tupy TUPY3 24,15 31,42
Wilson Sons WSON11 28,50 39,90
Profarma PFRM3 23,60 25,31
Kroton KROT3 24,80 32,50
Sonae Sierra SSBR3 27,48 39,60
Brasil Insurance BRIN3 22,80 30,32
Lopes Brasil LPSB3 34,44 55,52
Marisa AMAR3 30,85 43,47

Vale lembrar que o preço justo estimado pela corretora tem como base projeções dos analistas para os resultados das empresas. Para que esses preços se concretizem, entretanto, é preciso que certas condições de oferta e procura pelas ações no mercado sejam cumpridas.

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