São Paulo - O sobe e desce do mercado chinês nesta semana impactou os mercados acionários de todo o mundo, inclusive o brasileiro. Na quarta-feira, o índice
Xangai Composto caiu 5,9%. No dia seguinte, após o governo anunciar uma série de medidas para tentar frear a queda no preço das ações, o índice reverteu para alta. Na quinta-feira, subiu 5,76% e na sexta-feira, 4,57%. Paulo Figueiredo, diretor de Operações da Assessoria de Investimentos da FN Capital, afirma que à primeira vista, o mercado se mostrou cético com as medidas anunciadas na quarta-feira. “ O mercado não estava confiando nas medidas adotadas.” A falta de confiança, acrescenta Figueiredo, além de impactar no câmbio, afeta ainda mais os preços das commodities. Somente este ano, por exemplo, o preço do minério de ferro registra perdas de mais de 10%. Nos últimos 12 meses, a queda chega a 40%. E é exatamente isso que afeta o Brasil, já que o país é um grande exportador de commodities. O analista Pedro Galdi afirma que a
Vale e as empresas do setor de siderurgia são as que mais sofrem com o chamado “efeito
China.” O motivo principal é a volatilidade do preço do minério de ferro. Atualmente, o minério de ferro está sendo negociado a US$ 48 dólares a tonelada. Mas o analista acredita que possa cair ainda mais "o preço pode chegar a US$ 40. Existem previsões bem mais pessimistas, que apontam US$ 30." Veja a seguir como foi o desempenho na semana das ações que foram diretamente impactadas pela China.