Pregão da Bovespa (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2011 às 18h58.
São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta terça-feira (28):
1 Mercado precifica sinergias do novo Pão de Açúcar e ação dispara 11%
As ações do Pão de Açúcar (PCAR4) disparam na bolsa nesta terça-feira (28) após a Gama, empresa formada pelo BTG Pactual e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ter feito uma proposta de união do Pão de Açúcar com as lojas do Carrefour no Brasil.
Para Julia Monteiro, analista da Ativa Corretora, o mercado está precificando as potenciais sinergias da operação. Os papéis estão sendo negociados acima do valor proposto na fusão. “Se você acredita que a fusão vai acontecer, então faz sentido contabilizar as sinergias que serão criadas”, afirma.
A razão da troca resulta em um valor de 17,1 bilhões de reais para o Pão de Açúcar, ou o equivalente a 66 reais por ação preferencial. Julia acredita que a presença do BNDES na operação é entendida como uma garantia de que a operação terá sucesso e que o Casino não conseguira barrá-la. “É assim que o mercado e eu observamos”, diz Julia.
2 AmBev será ação para dividendos, sinaliza Deutsche Bank
Se 2011 está sendo um “ano de transição” para a fabricante de bebidas AmBev, os investidores não terão o que reclamar no próximo ano, isso porque a companhia elevará o pagamento de dividendos aos acionistas, estima a equipe de pesquisa do Deutsche Bank.
“Continuamos a acreditar que a fabricante de bebidas ampliará cada vez mais a distribuição da sua geração livre de fluxo de caixa na forma de dividendos (tanto em juros sobre o capital quanto em dividendos regulares)”, afirmam.
O preço-alvo para as ADRs (American Depositary Receipts) da AmBev, negociados sob o código ABV na Bolsa de Valores de Nova York, foi elevado de 32 para 34,50 dólares. O novo valor é 6,81% maior em comparação à cotação de 32,30 dólares do fechamento de ontem. Apenas neste ano, os papéis contabilizam alta acumulada de 6,64%. A recomendação é de compra.
3 Credit Suisse projeta potencial de alta de 70% e ações da MMX disparam
A terça-feira foi marcada pelo desempenho positivo da MMX (MMXM3). Os papéis da mineradora controlada por Eike Batista chegaram a subir 4,44% na máxima desta sessão, vendidos a 8,46 reais. Boa parte desta performance tem relação com o recente relatório do Credit Suisse, no qual os analistas Ivan Fadel e Carlos Louro, reiniciam a cobertura da MMX com recomendação de desempenho acima da média de mercado (outperform).
O preço-alvo estabelecido pelos analistas é de 14 reais. Considerando a cotação de fechamento da véspera, de 8,10 reais, o potencial de valorização dos papéis é de 72,83%.
4 Votorantim inicia cobertura de ações do setor bancário
As ações dos grandes bancos brasileiros devem se beneficiar do cenário econômico atual, não apenas por conta do crescimento de 17,3% na concessão de empréstimos estimado para ocorrer até o final de 2011, mas também pela possibilidade de aumento da receita e da capacidade das instituições financeiras em elevar o capital caso julguem necessário.
A avaliação é da equipe de pesquisa da Votorantim Corretora. Em relatório, os analistas Raquel Varela e Raphael Nascimento iniciaram a cobertura das ações do Itaú-Unibanco, Bradesco e Santander, afirmando que os três bancos estão bem posicionados.
O Itaú-Unibanco desponta como o favorito na opinião deles. A recomendação para “o maior e melhor” entre todos os bancos é de compra para as ações preferenciais (ITUB4). O preço-alvo estabelecido ficou em 51,40 reais em até 12 meses. O valor representa um potencial de alta de 46,81% frente à cotação de 35,01 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (27).
O Bradesco (BBDC4) também recebeu a recomendação de compra pela Votorantim Corretora, que indicou um preço-alvo de 43 reais em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 41,44% ante a cotação de 30,40 reais vista na véspera.
Apesar da visão positiva para os fundamentos do Santander Brasil (SANB11), o desempenho do banco em 2010 levantou dúvidas sobre a capacidade de gerar altos retornos e registrar performance superior a conquistada por seus pares. Diante disso, a Votorantim estabeleceu a recomendação de manter os papéis do Santander. O preço-alvo foi fixado em 21 reais em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 21,73% frente à cotação de 17,25 reais observada ontem.
5 Analistas rasgam elogios ao LinkedIn e ações disparam 10%
Após surpreenderem o mercado com uma valorização de 130% em sua estreia, em 19 de maio, as ações do LinkedIn mais uma vez ganham força em Wall Street. Hoje os papéis do maior website mundial de relacionamento profissional sobem cerca de 10%, após o UBS e o JP Morgan recomendarem a compra dos ativos.
"Acreditamos que o LinkedIn está fazendo barulho no mercado de recrutamento de profissionais e o desenvolvimento deste processo conduzirá a bons resultados nos próximos anos”, afirma Doug Anmuth, analista do JP Morgan. O preço das ações foi fixado em 85 dólares.
6 Estaleiro da OSX sai do papel e reduz risco para ações
A licença para a construção do estaleiro da OSX (OSXB3) no Rio de Janeiro elimina um importante risco de investimento nas ações da empresa de Eike Batista, afirmam analistas. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ) autorizou as obras após cerca de um ano do início do processo.
“Acreditamos que o mercado já contava com a aprovação da licença, mas a aceitação formal agora completa um processo e elimina os riscos de contratempos, deixando a OSX finalmente iniciar a fase de construção do estaleiro”, ressaltam Paula Kovarsky e Diego Mendes, analistas do Itaú BBA. “A nossa visão para a aprovação é positiva, porque isso deixa para trás um fator de risco para a companhia”, acrescentam Marcos Pereira, Daniel Fonseca e João Arruda, analistas da Votorantim Corretora.
O Itaú BBA manteve a recomendação de desempenho acima da média (outperform) para os papéis, com um preço-alvo de 1.160 reais. O valor representa um potencial de valorização de 166% na comparação com o fechamento de ontem (435 reais). Já a Votorantim colocou a recomendação e o preço-alvo da empresa em revisão para incorporar novas premissas e o novo cronograma de instalação do projeto.