Em relatório, analistas afirmam que, recentemente, ficaram “mais otimistas em relação às ações da Petrobras, por cinco razões” (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 18h10.
Em relatório enviado a clientes, os analistas do setor de petróleo da Merrill Lynch Frank McGann e Conrado Vegner recomendam a compra de ações da Petrobras (PETR4) e citam cinco razões pelas quais é uma boa ideia investir em papéis da estatal petrolífera.
Segundo os analistas, já é possível notar alguns fatores de mudança de cenário para a companhia. Eles afirmam que esperam um forte aumento nos lucros da Petrobras a partir de 2014, resultado de uma melhora esperada na produção de óleo cru e da redução das paradas para manutenção.
Em relatório, eles afirmam que, recentemente, ficaram “mais otimistas em relação às ações da Petrobras, por cinco razões”. São elas:
1 – Lucros devem subir
Para os analistas, a trajetória de queda do lucro da Petrobras já parece estar perto do fundo do poço, ou seja, o próximo movimento deve ser de alta. “A companhia está entrando em um período de crescimento sustentado: os lucros devem começar a se mover para o alto no segundo semestre de 2013.”
2 – Resultados surpreendentes
De acordo com a Merrill Lynch, os resultados da estatal no primeiro trimestre do ano surpreenderam positivamente o mercado, reduzindo o cenário de incerteza com relação à companhia. “Os números sugerem que o risco de queda dos lucros ficou mais limitado do que antes”, dizem os analistas. “Embora os resultados do segundo trimestre ainda permaneçam pressionados, esperamos que o mercado se concentre na recuperação em curso no ano, e que deve continuar ao longo de 2014 e 2015.”
3 – Crescimento da produção
O crescimento da produção da Petrobras no segundo semestre deve estar entre os mais rápidos na comparação com outras companhias do setor, segundo a Merrill Lynch. “A produção de óleo e gás ficou praticamente estável nos últimos cinco anos, mas a Petrobras está para entrar em um período de crescimento contínuo, que deve fazer dela uma das líderes globais em crescimento da produção”, estimam os analistas.
4 – Riscos políticos diminuem
Para os analistas, o cenário de risco político para a Petrobras, com interferências do governo na gestão da estatal, ainda existe, mas está mais favorável. “A Petrobras tem de aumentar seu fluxo de caixa para financiar seus investimentos e isso reduz o risco de o governo adotar políticas de preços que limitem esse movimento”, diz o relatório.
5 – Avaliação
A Petrobras continua sendo subavaliada, segundo a Merrill Lynch, dadas as perspectivas de forte crescimento. “Com a companhia prestes a entrar em um prolongado período de crescimento, a nossa avaliação atual sugere um elevado potencial de alta das ações”, dizem os analistas.
Os analistas da Merrill Lynch estimam um preço justo de R$ 27 por ação ordinária (ON, com direito a voto) da Petrobras, e de R$ 27,50 por ação preferencial (PN, sem voto). Vale lembrar que esse preço é calculado com base em estimativas dos analistas para o desempenho da companhia nos próximos trimestres. Para que esse preço se concretize, é preciso que certas condições de oferta e procura pelos papéis no mercado sejam cumpridas.
Por volta das 16h30, as ações Petrobras PN (PETR4) tinham queda de 0,80%, negociadas a R$19,91 e Petrobras ON (PETR3) caía 0,53%, a R$ 18,82. O Índice Bovespa tinha queda de 2,14%, chegando aos 54.836 pontos.