São Paulo - Em semana mais curta devido ao feriado de Carnaval, o Ibovespa acumulou ganhos de 1,19%, aos 51.237 pontos. No mês, o principal índice da bolsa brasileira registra alta de 9,2%. Veja, nas fotos, os principais acontecimentos que marcaram a semana do investidor.
As ações preferenciais da Marcopolo acumularam ganhos de 5% nesta semana. A fabricante de ônibus informou que seu conselho de administração realizará no dia 23 de fevereiro uma reunião para deliberar sobre dividendos do exercício 2014, juros do exercício 2015 e recompra de ações. O bom desempenho das ações também pode estar relacionado a cobertura de posições por agentes que alugaram o papel para vender. Profissionais do mercado afirmaram que está ficando difícil encontrar papéis da empresa para alugar, com quase 10% das ações negociadas no mercado alugadas.
A briga societária da Usiminas ganhou mais um capítulo nesta semana. Os empregados da companhia estão tomando posição para serem colocados como protagonistas nas discussões sobre o rumo da companhia. Eles chamam atenção para o direito de eleger um representante no Conselho de Administração da empresa, previsto no estatuto desde a privatização, e que não vem sendo respeitado. O tema terá que ser equacionado até a próxima Assembleia Geral, que acontece no fim de abril, por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nesta semana, as ações ordinárias da siderúrgica despencaram 14%.
Se depender das projeções de Gary Shilling, presidente da consultoria Shilling & Co, a queda do preço do barril de petróleo está longe do fim. Ele projeta que o preço do barril pode chegar entre 20 e 10 dólares. O principal motivo para a desvalorização é o aumento contínuo da oferta, enquanto a demanda está cada vez menor. "Apesar da produção do petróleo nos Estados Unidos ter aumentado em 15% no ano passado, as importações recuaram 4%. A situação pode se agravar ainda mais com o baixo crescimento da China, do Japão e dos países da zona do Euro", alerta Shilling.
A Soros Fund Management, que é o veículo de investimento do bilionário George Soros e sua família, reduziu sua participação na Petrobras em 60%, para dois milhões de American Depositary Receipt (ADR, recibo que representa ações) no fim do quarto trimestre, na comparação com o terceiro trimestre, de acordo com um documento apresentado na norte-americana Securities and Exchange Commission (SEC, que opera de maneira semelhante à CVM no Brasil). O fundo do bilionário vendeu todas as suas ações em outras duas empresas brasileiras, a fabricante de aviões Embraer e a companhia de telefonia móvel TIM Participações.
As ações preferênciais da Petrobras acumulam perdas de 3,2% nesta semana, enquanto as ordinárias caíram 2,4%. Os papéis foram impactados pelas declarações da presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira. Segundo ela, "a Petrobras não praticou malfeitos", o que reforçou a percepção do mercado de que o governo se recusa a reconhecer falhas na gestão da estatal.
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"Alavanca de crescimento de receita está bem endereçada, mas obviamente vai demandar um pouco de tempo para o mercado comprar a tese", diz Renato Franklin