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3 gráficos que dão mais sustos do que o time de Felipão

Para algumas empresas, o ano tem sido carregado de preocupações e de grandes tropeços na Bovespa; veja alguns exemplos


	No ano da Copa do Mundo, MMX lidera as quedas na bolsa brasileira, com um expressivo recuo de 56%
 (Getty Images)

No ano da Copa do Mundo, MMX lidera as quedas na bolsa brasileira, com um expressivo recuo de 56% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 14h06.

São Paulo – Olhos fixos na tela, cara de poucos amigos e muitas dúvidas sobre o que vem pela frente. O que pode parecer um torcedor brasileiro assistindo a mais um jogo dramático da seleção de Felipão na Copa do Mundo é, na verdade, o cotidiano de alguns acionistas.

Para algumas companhias, o ano tem sido carregado de preocupações e de fortes quedas na Bovespa. O maior mico de 2014 na Bolsa é a MMX, com queda de 56,43% - perdendo feio para o Ibovespa, que sobe 4,45% no período.

A mineradora controlada por Eike Batista continua no vermelho e encerrou o primeiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido maior que o registrado um ano antes, além de uma geração de caixa negativa.

A companhia, que no ano passado passou por reestruturação com venda de ativos devido a dificuldades financeiras que envolveram o grupo EBX, amargou um prejuízo líquido de 69,2 milhões de reais entre janeiro e março, um aumento de 25,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, a empresa destacou que houve uma redução no resultado financeiro negativo na comparação com o quarto trimestre, de 46%, reflexo da substancial redução do endividamento bancário após a conclusão da transação com Mubadala/Trafigura.

O desafio agora é encontrar um investidor estratégico para tocar o projeto de expansão da unidade Serra Azul, em Minas Gerais, mas as conversas foram dificultadas pela deterioração dos preços de mercado do minério de ferro. "A deterioração do preço no mercado tem dificultado conversas", disse o presidente-executivo da MMX, Carlos Gonzalez, em conferência com analistas.

Oi

As ações preferenciais da Oi ocupam a segunda posição entre as maiores quedas do Ibovespa neste ano. De janeiro para cá, os papéis da companhia já recuaram 50,97%.

Recentemente, a agência de classificação de risco Standard & Poor's recolocou a Oi em sua lista creditwatch negativa. A agência destacou preocupações em torno do investimento da Portugal Telecom – parceira da Oi - no Grupo Espírito Santo.

A Portugal Telecom está em processo de fusão com a Oi e anunciou recentemente que tem 897 milhões de euros (cerca de 2,7 bilhões de reais) aplicados em papéis comerciais da Rio Forte, empresa do Grupo Espírito Santo, que tem participação indireta na companhia brasileira.

"Em nossa visão, existe a possibilidade de a Portugal Telecom perder tais investimentos, cujos prazos de vencimento são 15 e 17 de julho de 2014, em função da potencial fragilidade financeira do grupo português Espírito Santo", afirmou a Standard & Poor's em comunicado à imprensa. A Oi havia saído da lista creditwatch - definição usada quando a agência acredita que há probabilidade de realizar uma ação de rating no prazo de 90 dias - em 26 de maio, quando manteve a nota da companhia em "BBB-", um degrau acima do grau especulativo.

Usiminas

A maior produtora de aços planos do Brasil, Usiminas, afirmou recentemente que espera que a produção de veículos do país volte a cair no segundo trimestre, o que deve acabar impactando no desempenho da economia no período.

A empresa, que tem na indústria automotiva brasileira um de seus principais clientes, não espera a ocorrência da tradicional alta nas vendas de aço no segundo trimestre – o que serviu de combustível para ampliar a queda dos papéis da companhia na Bovespa.

No acumulado de 2014, as ações preferenciais da Usiminas já recuaram 40,53%. 

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