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Ibovespa fecha quase estável com articulação da Previdência

A sessão foi marcada ainda por liquidez reduzida devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA, movimento que deve se estender até a sexta

B3: o mercado amanheceu mais cauteloso em relação às dificuldades que o governo deve enfrentar para aprovar a reforma (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o mercado amanheceu mais cauteloso em relação às dificuldades que o governo deve enfrentar para aprovar a reforma (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 18h55.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta quinta-feira, com os investidores atentos às articulações do governo do presidente Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência.

A sessão foi marcada ainda por liquidez reduzida devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, movimento que deve se estender até a sexta-feira, quando os mercados norte-americanos operam em período reduzido.

O Ibovepa fechou com variação negativa de 0,04 por cento, a 74.486 pontos. O giro financeiro somou 4,22 bilhões de reais, muito abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 10,19 bilhões de reais.

O mercado amanheceu mais cauteloso em relação às dificuldades que o governo deve enfrentar para aprovar a reforma da Previdência, após a decepção com o quórum presente no jantar do presidente com deputados da base aliada na véspera, quando foi apresentada uma versão mais enxuta da proposta de mudanças.

Durante esta tarde, no entanto, notícia publicada pela agência de notícias Bloomberg, dizendo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acertou com o governo pautar a reforma para 5 de dezembro, ajudou a diminuir o mau humor.

"O mercado está olho na reforma e toda notícia que vier sobre isso, para o bem ou para o mal, vai mexer com o mercado", disse o analista de investimentos da corretora Magliano Pedro Galdi.

No começo da semana, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia afirmado que a reforma da Previdência deve ser pautada na primeira semana de dezembro.

Destaques

- VALE ON avançou 1,32 por cento, em linha com o desempenho dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em alta de 3,1 por cento na bolsa de Dalian.

- CEMIG PN subiu 4,41 por cento, liderando a ponta positiva do índice. Como pano de fundo estava a decisão de vender 34 milhões de units da TAESA para honrar a opção de venda de participação de bancos na LIGHT, na qual a companhia também detém participação majoritária. A Cemig também fechou um acordo para adiar parte da obrigação com a Light até novembro de 2018, movimento que vai levar a elétrica mineira a poupar 750 milhões de reais em fluxo de caixa no curto prazo, segundo analistas do Itaú BBA. As units da Taesa fecharam em alta de 0,24 por cento, enquanto as ações da Light, que não fazem parte do Ibovespa, subiram 1,05 por cento.

- PETROBRAS PN ganhou 0,5 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,85 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo, conforme os preços do petróleo no mercado internacional também migraram para o terreno positivo.

- RUMO ON caiu 1,87 por cento, entre as maiores perdas do índice, em movimento de ajuste após acumular alta de 13,6 por cento nos quatro pregões anteriores.

- USIMINAS PNA recuou 1,28 por cento, com a forte alta acumulada recentemente abrindo espaço para ajustes. O papel fechou no azul nos quatro pregões anteriores, acumulando ganho de 13 por cento no período.

- BRADESCO PN teve queda de 0,74 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,3 por cento, ajudando a enfraquecer o índice devido ao peso em sua composição.

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