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2011 é o ano das ações da Hypermarcas, diz Planner

Depois de 30 aquisições em 3 anos, chegou a hora de colher os frutos, avalia analista

Segundo a Hypermarcas, são esperadas em relação às aquisições feitas em 2009 e 2010, mais de 115 milhões de reais em sinergias

Segundo a Hypermarcas, são esperadas em relação às aquisições feitas em 2009 e 2010, mais de 115 milhões de reais em sinergias

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 06h12.

São Paulo – A corretora Planner reiniciou a cobertura das ações ordinárias da Hypermarcas (HYPE3) com recomendação de compra. O preço-alvo foi fixado em 25,15 reais para dezembro de 2011, o que representa um potencial de valorização de 21,5%.

O descompasso entre a velocidade com que a Hypermarcas expandiu suas operações e sua estrutura de capital, com as sinergias por elas capturadas, ajudam a entender a queda das principais margens da empresa no ano passado, explica o analista. No período, a margem líquida, por exemplo, recuou de 15,5% para 8,3%.

Kops acredita agora que 2011 deve ser o ano da “colheita” para a Hypermarcas. “É necessário desacelerar o ritmo de aquisições e expansão de capital e focar na absorção das sinergias das operações adquiridas recentemente, que não são poucas”. A empresa adquiriu 30 empresas nos últimos três anos, cada um com suas particularidades e possíveis sinergias.

Para que isso fosse possível, a empresa expandiu sua estrutura de capital, seja adquirindo novas dívidas, seja emitindo novas ações. “O problema é que este novo capital empregado na empresa exige um retorno, e as aquisições feitas demoram certo tempo até serem completamente incorporadas à estrutura da Hypermarcas e suas sinergias capturadas”, explica.

Segundo a Hypermarcas, são esperadas em relação às aquisições feitas em 2009 e 2010, aproximdamente 115 milhões de reais em sinergias, sendo que deste total, 50 milhões de reais já teriam sido implantadas e 65 milhões de reais estariam em fase de implementação. Vale lembrar que nestes números não estão consideradas as sinergias da aquisição da Mantecorp, por exemplo, onde são esperados mais de 120 milhões de reais.

Estratégia

“A empresa está com um posicionamento estratégico interessante, já que tem uma atuação importante em dois mercados com grande potencial de crescimento, como higiene e beleza pessoal e, principalmente, o farmacêutico”, lembra o analista Francisco Ferrazzi Kops.

Ao final de 2010, a Hypermarcas reforçou sua presença no setor de medicamentos com a compra do laboratório brasileiro Mantecorp, por 2,5 bilhões de reais em dinheiro e ações. A compra da Mantecorp elevou a posição da Hypermarcas no Brasil de segundo para maior grupo nacional de medicamentos.

A alma do negócio

Outro pilar importante na estratégia da Hypermarcas é a aquisição de marcas de
grande apelo popular, mas que acabaram caindo no esquecimento do consumidor, muitas vezes por falta de investimentos em marketing. “A empresa estuda a melhor maneira de reposicionar a marca e uma vez tendo isso definido, investe pesadamente em propaganda”, lembra o analista.

Os exemplos podem ser notados com as recentes campanhas das marcas Risque, Monange e também a Bozzano, que teve Ronaldo como garoto-propaganda. “Alguém aí tem alguma dúvida de que o fenômeno não custou caro para a Hypermarcas?”, brinca Kops.

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