Deputados votam impeachment na Câmara: placar final foi 367 a 137 pela abertura de processo, que agora será encaminhado ao Senado. (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2016 às 07h30.
Confira as principais novidades do mercado desta segunda-feira (18):
Câmara abre processo de impeachment contra Dilma
A Câmara dos Deputados aprovou, com 367 votos, a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na noite deste domingo, em uma sessão marcada por traições parlamentares à base aliada.
O processo segue agora para o Senado, que deve abrir uma comissão para avaliar se o julgamento tem condições ou não de ser aberto. O colegiado tem 10 dias para elaborar um parecer.
Temer inicia escolha de ministros e discute medidas
Após a aprovação da abertura do processo de imepeachment contra Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer começa a montar sua equipe e definir as primeiras medidas de seu futuro governo.
Até a decisão do Senado sobre o afastamento temporário de Dilma, no entando, Temer não deve dar declarações específicas sobre o futuro do país, segundo a Folha de S.Paulo.
Governo pode ir ao STF para reverter decisão da Câmara
O Planalto avalia recorrer ao Supremo Tribunal Federal para questionar se há justa causa na abertura do pedido de impeachment pela Câmara, ou seja, se as questões orçamentárias usadas na denúncia configuram crime.
O advogado-gera da União José Eduardo Cardozo afirmou que Dilma "não se curvará" e que vai lutar até o fim por seu mandato, segundo a Folha de S.Paulo.
Senadores propõem eleições antecipadas
Um grupo de seis senadores deve propor eleições antecipadas para presidente e vice-presidente, segundo O Estado de S. Paulo.
A ideia é aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) no Congresso para que a escolha ocorra em outubro, juntamente com a votação para definir os novos prefeitos e vereadores.
Plano para congelar produção internacional de petróleo fracassa
Alguns dos maiores produtores mundiais de petróleo fizeram uma reunião em Doha para buscar um acordo de congelamento da produção, mas as conversas terminaram sem sucesso.
A Arábia Saudita insistiu para que o Irã participasse do acordo, mas o país está voltando ao mercado após anos de sanções internacionais e não tem interesse em congelar a produção.
Petrobras reduz investimentos no Comperj e adia operação
A Petrobras sinalizou que deve reduzir o ritmo de investimentos nas unidades de processamento de gás natural (UPGNs) do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
A empresa já tinha adiado o início da operação comercial do Comperj para 2023, o que causou grande parte de uma baixa contábil de mais de R$ 5 bilhões no quarto trimestre do ano passado, segundo o jornal Valor Econômico.
BNDES deve perder R$ 10 bilhões de fundos do FGTS
O BNDES tem R$ 10 bilhões a receber por uma transferência autorizada pelo FGTS, mas não quer sacar o dinheiro e pode perdê-lo, segundo O Estado de S. Paulo. O recurso iria para o financiamento imobiliário.
O maior medo do BNDES é ser questionado por órgãos de controle, já que é o Fundi de Investimento do FGTS deve de mudar regras internas para autorizar a transação.
Goldman deve fazer grande corte de custos, dizem fontes
O Goldman Sachs está embarcando em seu maior corte de custos nos últimos anos à medida que tenta resistir a uma queda nos negócios, de acordo com duas pessoas com conhecimento do assunto.
A empresa, que deve relatar uma queda acentuada nas despesas no primeiro trimestre, recentemente começou a demitir mais pessoal e está cada vez mais rejeitando gastos dos executivos em passagens aéreas, hotéis e entretenimento a menos que atendam diretamente aos clientes, disseram as fontes.
Ferrari tem dificuldade de expansão no mercado de luxo
A ambição da Ferrari de competir com marcas de luxo como Hermès e Prada não conseguiu avançar nos seis meses seguintes à sua oferta pública inicial, o que aumenta a pressão para que o novo conselho recomponha a estratégia da fabricante de carros esportivos.
O ceticismo em relação às perspectivas para a empresa fez a ação cair cerca de 20 por cento desde a abertura de capital, em outubro. O novo conselho de diretores, carregado de especialistas em luxo, precisa solucionar o desafio de alocar recursos aos itens que são o ganha-pão da marca, mantendo a presença custosa na Fórmula 1 e expandindo a marca em direção a produtos mais exclusivos, tudo sem o apoio financeiro de uma empresa controladora.
Oi tenta renegociar dívida para sobreviver
A operadora de telefonia Oi vive uma crise financeira aguda, a maior desde sua fundação a partir da privatização da Telebras em 1998, segundo O Estado de S. Paulo.
A empresa fechou 2015 com prejuízo de R$ 5,3 bilhões, e soma quase R$ 55 bilhões em dívidas. A Oi busca um acordo com os credores, mas eles não se entendem, o que pode comprometer o futuro da companhia.