Sede da Odebrecht: empresa quer vender bens para captar até R$ 12 bilhões e enfrentar crise, segundo presidente. (REUTERS/Rodrigo Paiva)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2016 às 07h41.
São Paulo - Confira as principais novidades do mercado desta sexta-feira (01):
Odebrecht quer vender ativos para levantar R$ 12 bilhões
A Odebrecht colocou à venda um pacote de empresas, na tentativa de levantar R$ 12 bilhões "para atravessar o furacão", segundo a Folha de S.Paulo. Entre os bens à venda, estão uma hidrelétrica e uma rodovia no Peru, além de uma participação em bloco de petróleo em Angola.
A empresa vem sendo pressionada pelas acusações de corrupção da operação Lava Jato e por dívidas que somam cerca de R$ 90 bilhões. Cerca de 70 mil funcionários já foram demitidos.
Odebrecht abasteceu contas externas para pagar PP, diz Janot
Em denúncia oferecida ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Lava Jato, a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que empresas ligadas à Odebrecht usaram contas internacionais para fazer pagamento de propina ao PP, cujo principal beneficiário era o ex-deputado Paulo Roberto Costa (SC).
De acordo com a denúncia, o ex-deputado recebeu pelo menos US$ 1,530 milhão no esquema.
Planalto planeja "refundar" governo se escapar do impeachment
O governo está montando uma estratégia de recomposição da base aliada para o caso de conseguir evitar um impeachment de Dilma Rousseff, segundo o Valor Econômico.
As medidas incluiriam só manter ministros comprometidos com a permanência de Dilma e, principalmente a adoção do discurso econômico defendido por Lula (que não é unanimidade no PT), priorizando a reforma da Previdência.
Temer tem plano pró-mercado se assumir governo, dizem fontes
O vice-presidente está reunindo silenciosamente uma equipe de economistas respeitados para restaurar a confiança na economia brasileira, com cortes de gastos cautelosos e privatizações caso a presidente Dilma, o que o levaria à Presidência, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Temer pode assumir o governo interino já em maio, caso a Câmara dos Deputados aprove a abertura de um processo de impeachment e o Senado siga a decisão da Câmara.
Crédito da China à Petrobras é condicionado por compra de equipamentos
A China vem conseguindo impor à Petrobras a compra de equipamentos chineses como condição para liberação de crédito para a estatal, de acordo com O Estado de S. Paulo.
Segundo a reportagem, um documento comprova que, em abril de 2015, a Petrobras se comprometeu a gastar o equivalente a 60% de um empréstimo de US$ 3,5 bilhões na compra de equipamentos chineses.
Minoritários querem voz no conselho da Vale
Um grupo de acionistas minoritários vai tentar emplacar um representante no conselho de administração da empresa na próxima assembleia, marcada para 25 de abril, segundo O Estado de S. Paulo.
O grupo pretende indicar Marcelo Gasparino, atual presidente do conselho de administração da Usiminas, para a vaga de Alberto Guth, que permanecia em aberto até junho do ano passado.
Itaú Unibanco conclui compra de 89% da Recovery
O Itaú Unibanco informa que foi concluída a operação de aquisição de 89,08% de participação no capital social da empresa de recuperação de créditos em atraso Recovery do Brasil Consultoria, sendo 81,94% do Banco BTG Pactual e 7,14% de outros acionistas.
O Itaú estima que a operação não tenha efeitos contábeis relevantes nos seus resultados em 2016. "O Itaú Unibanco reafirma, com essa operação, seu compromisso com a criação de valor, a longo prazo, para seus acionistas."
Vendas de 2018 ficarão 12% abaixo da meta, diz Panasonic
A Panasonic disse que espera que as vendas no ano fiscal de 2018 fiquem 12 por cento abaixo de uma estimativa inicial devido à economia global mais fraca.
Em seu cenário de negócios para médio prazo, a Panasonic disse que agora espera vendas de 8,8 trilhões de ienes (78,3 bilhões de dólares) para o ano que começará em abril de 2018.
CMN mantém TJLP em 7,5% ao ano no 2º trimestre de 2016
O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,5 por cento ao ano, patamar que será válido para o segundo trimestre de 2016. foi a primeira manutenção após cinco aumentos consecutivos da TJLP, que é usada para corrigir empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As ações que mais caíram (e subiram) em março
O Ibovespa fechou março com alta acumulada de 16,67%, maior ganho mensal desde outubro de 2002 (17,92%). Das 61 ações que compõem o índice, apenas 10 terminaram março com perdas.
No geral, o índice foi beneficiado pela expectativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ganhou força após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o rompimento do PMDB.