PMDB rompe com o Governo de Dilma Rousseff: Planalto estuda aumentar participação de PP e PR em ministérios para tentar evitar impeachment. (Igo Estrela/ PMDB Nacional/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2016 às 07h12.
São Paulo - Confira as principais novidades do mercado desta quarta-feira (30):
Sem PMDB, governo tenta atrair apoio com cargos e verbas
Após o rompimento do PMDB com o governo, o Planalto vai intensificar a liberação de cargos e verbas para a emenda. O partido era o maior apoiador da base aliada, e, sem os votos do PMDB, aumentam os riscos da aprovação do impeachment na Câmara.
Segundo o jornal Valor Econômico, após reunião com Lula, Dilma teria decidido aumentar o espaço de partidos como PP e PR, que podem ser estratégicos para evitar o impachment.
Advogados vão pedir saída de Temer com argumento usado contra Dilma
Um grupo de advogados estuda apresentar um pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer, segundo a Folha de S.Paulo. A ideia é usar o mesmo texto da OAB, que nesta semana pediu o afastamento de Dilma do cargo.
Os argumentos apresentados, segundo os advogados, valem para ambos: são citados na delação de Delcídio do Amaral e assinaram decretos das pedaladas fiscais.
Cunha prevê que processo de impeachment durará até outubro
Numa visão mais realista do andamento do processo de impeachment da presidente Dilma, o presidente da Câmara trabalha com um prazo que estenderia o trâmite do afastamento até outubro, mês das eleições municipais. Nas contas do peemedebista, a Casa conclui o exame da admissibilidade da ação no máximo em 19 de abril, passando o processo para o Senado até 30 de abril.
O calendário de Cunha considera os prazos regimentais para análise do impeachment.
Moro pede desculpas por divulgar grampos de Lula
Em ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, pediu "escusas" à Corte e disse que a divulgação de áudios do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve intuito "político-partidário".
O comunicado foi enviado ao ministro Teori Zavascki, que solicitou esclarecimentos a Moro ao determinar a remessa de todo o material das conversas de Lula ao Supremo.
Standard & Poor's rebaixa ratings da Odebrecht
A agência de classificação de risco rebaixou o rating da Odebrecht Engenharia e Construção de "BB+" para "BB" em escala global, com perspectiva negativa. Dessa forma, a empresa fica dois níveis abaixo do grau de investimento.
O rating em escala nacional também foi rebaixado, de "brAA+" para "brA". A S&P afirma que as condições de negócio da empresa têm se deteriorado.
Abilio Diniz eleva participação no Carrefour
O empresário Abilio Diniz elevou sua participação no conglomerado varejista francês Carrefour, de 5,1% para 8,05%, por meio de sua firma de investimentos Península Participações.
A empresa já tinha divulgado a intenção de aumentar a fatia no Carrefour, e afirmou em nota que a operação "reflete sua confiança na empresa e no potencial de crescimento do grupo Carrefour".
Conselho da Petrobras terá pouca renovação em 2016
As poucas mudanças pelas quais passará o atual Conselho de Administração da Petrobras a partir de abril incluem a saída do último conselheiro que já teve relação com a Vale, encerrando uma fase em que executivos e nomes ligados à mineradora tiveram grande influência na petroleira.
O grupo, chamado "turminha da Vale" pelo presidente da petroleira, Aldemir Bendine, ficou marcado por discordar ou expor discordâncias em relação a diretrizes da diretoria executiva da Petrobras ao longo do ano passado.
Banco Central quebra rotina das atuações no câmbio
O aumento da aposta em impeachment da presidente Dilma reverteu a pressão de alta sobre o dólar e também levou o Banco Central a inverter suas atuações no câmbio. Em vez de vendedor, o BC agora é comprador de dólar futuro por meio dos swaps reversos.
Além disso, a previsibilidade das atuações no câmbio parece ser coisa do passado. O tipo e volume das ofertas nos leilões dependem das condições do mercado.
Sobra de energia de Belo Monte poderá ser vendida 50% mais caro
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que, no próximo leilão de energia, a usina de Belo Monte podera vender eletricidade ao custo de até R$ 115,57 por megawatt-hora (MWh).
Em 2010, o consórcio Norte Energia venceu a disputa pela usina oferecendo R$ 78,90 por MWh.
Cooperativas de crédito crescem mais rápido que bancos
As cooperativas de crédito tiveram crescimento dos financiamentos em ritmo superior ao do sistema bancário do país em 2015, aproveitando-se da alta capilaridade e da oferta de taxas mais competitivas num momento de juros em níveis recordes.
Maior do país no setor, o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) fechou o ano passado com 34,7 bilhões de reais em crédito, alta de 9,2 por cento ante 2014.