Copom: antes a aposta majoritária era em alta de 0,50 pp da Selic, agora os investidores consideram mais provável aumento de 0,25 pp, para 14,5% (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 06h29.
São Paulo - Confira as principais novidades desta quarta-feira (20):
1 – Nota de Tombini muda previsões sobre alta de juros e Copom divulga taxa de juros ainda hoje
Após o presidente do BC, Alexandre Tombini, divulgar que considerava “significativas” as novas projeções do FMI de piora econômica para o Brasil, alguns analistas passaram a cogitar a possibilidade da taxa de juros permanecer inalterada. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a nota foi recebida com perplexidade pelo mercado financeiro, que, além de mudar suas apostas, levantou suspeitas de que o BC esteja se alinhando à preferência do Palácio do Planalto, de deixar a taxa inalterada. Ainda hoje o Copom divulgará a taxa de juros: antes a aposta majoritária era em alta de 0,50 pp da Selic, agora os investidores consideram mais provável aumento de 0,25 pp, para 14,5%.
2 - Organização Internacional do Trabalho estima que desemprego continue crescendo no mundo
A OIT prevê que o número de pessoas sem emprego aumente no mundo tanto neste ano como no próximo. Segundo cálculos da instituição, até o final de 2016 haverá mais de 200 milhões de desempregados em todo o mundo.
3 - Fitch prevê que recessão será "profunda e prolongada"
A agência de classificação de risco Fitch previu nesta terça-feira que a recessão econômica do Brasil será "mais profunda e prolongada" que o previsto e descartou que o país recupere seu grau de investimento "rapidamente". Em um relatório divulgado pela agência, no qual analisa a perda pelo Brasil do selo de bom pagador, a Fitch afirmou que "as previsões no médio prazo continuam frágeis". A agência calculou ainda que o país fechará 2016 com uma contração de 2,5%, um número inferior ao 3,5% estimado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
4 - 28 empresas já perderam mais de 50% do valor de mercado
Das 57 empresas que compõem o principal índice da BM&FBovespa, o Ibovespa, 28 perderam mais de 50% do valor de mercado desde as suas máximas históricas até o pregão de segunda-feira, 18, conforme levantamento da Economatica. Segundo a consultoria, a Gerdau Metalúrgica (GOAU4) é a companhia que teve maior porcentual de queda, enquanto Petrobras foi a que mais perdeu em termos nominais, seguida por Vale.
5 - Petrobras perde 85,55% de seu valor de mercado desde 2008
A Petrobras perdeu 85,55% de seu valor de mercado desde 21 de maio de 2008, quando estabeleceu um recorde de R$ 510,3 bilhões, informou nesta terça-feira a empresa de consultoria de mercado Economatica. Com um valor de mercado de R$ 73,7 bilhões até 18 de janeiro de 2016, a petrolífera lidera em valores absolutos as perdas das empresas que cotam na bolsa de São Paulo a partir da data em que estabeleceram seu preço recorde, de acordo com a consultora.
6 - Receita trimestral da IBM cai 8,5% pressionada pelo dólar
A International Business Machines (IBM) teve queda de 8,5 por cento na receita trimestral, refletindo o dólar forte e menores gastos de clientes de TI pesaram sobre os resultados da empresa. A receita da companhia caiu para 22,06 bilhões de dólares, acima da estimativa média de analistas de 22,02 bilhões de dólares, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
7- Barril de petróleo vale menos do que o próprio tambor
O barril do petróleo chegou a 28 dólares. Nos Estados Unidos, esse valor é inferior ao container que o armazena. Lá, esse tipo de reservatório é vendido por cerca de US$ 50, quando adquirido em grande quantidade. Estimativas de economistas sinalizam que os preços do barril de petróleo podem cair ainda mais.
8 - CVM abre novo processo contra Petrobras
A estatal e alguns de seus ex-dirigentes estão sendo processados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após reclamações de acionistas de que a empresa decidiu não pagar dividendos mínimos prioritários referentes a 2014. Os ex-dirigentes estão sendo investigados por falhas nas informações divulgadas aos investidores na capitalização de 2010.
9 - 93% dos executivos brasileiros preveem corte de custos em 2016
A pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers com 46 dirigentes de empresas no Brasil revela que apenas 24% deles aposta no crescimento de suas empresas nos próximos 12 meses. De acordo com informações divulgadas pela Folha de S. Paulo, 72% consideram que haverá mais ameaças ao crescimento de suas companhias nos próximos três anos.
10 - Dólar fecha no maior patamar desde setembro de 2015
Cotado a R$4,05, a moeda norte-americana fechou a terça-feira com valorização de 0,64%.A alta é uma reação ao pronunciamento do Banco Central sobre a taxa de juros e as previsões pessimistas do FMI para a economia brasileira.